A aquisição do Twitter pelo empresário Elon Musk foi colocada em dúvida por analistas do mercado financeiro após recentes acontecimentos que culminaram na suspensão temporária da compra nesta sexta-feira (13).
Agora, há quem acredite que há mais chances de o acordo ser cancelado ou renegociado do que de fato seguir adiante pelo valor já acertado de quase US$ 44 bilhões. Em um relatório publicado na última semana, o analista Dan Ives, da Wedbush, disse que Wall Street aponta que há "menos de 50% de chances" de o acordo realmente sair e que a situação foi transformada "em um show de horrores".
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De acordo com o especialista, a atual pessoa mais rica do mundo estaria com dúvidas sobre a própria decisão — e agora terá que escolher entre encerrar a compra, tentar alterar alguns termos em jogo ou cumprir a palavra até o fim.
Os caminhos de Elon Musk
Para Ives, são três os cenários possíveis. No primeiro, Musk vai de fato concluir a aquisição, mas ela "não estaria nem perto de ser finalizada". Isso porque o bilionário começou a levantar dúvidas a respeito da companhia não por meios oficiais, mas sim por publicações nas redes sociais — o que gera mais questionamentos, polêmicas e movimentações no mercado do que respostas sobre a plataforma, segundo o analista.
O segundo caminho pode ser a chance de Musk renegociar a proposta de compra para um valor menor do que foi inicialmente sugerido. Isso porque o valor das ações do Twitter atualmente está muito abaixo do preço calculado pelo empresário no período da aquisição e, com o conselho disposto a vender a rede social, é possível que descontos sejam avaliados e aceitos.
A última possibilidade é que Musk desista do acordo por estar arrependido do lance e cancele a proposta de aquisição — o que só seria possível sob o pagamento de uma multa de US$ 1 bilhão.
O que aconteceu?
Após ter a oferta aceita para comprar o Twitter, Elon Musk viu a montadora Tesla perder US$ 126 bilhões em valor de mercado por uma queda brusca nas ações. Ele mesmo vendeu US$ 4 bilhões em ações da companhia ainda no final de abril e teve que buscar diversas garantias de fundos para levantar o dinheiro para comprar a empresa.
Entretanto, Ives acredita que a suspensão temporária da aquisição para "investigar a quantidade de bots no serviço" seja apenas uma desculpa para que Musk ganhe tempo e possa reavaliar a situação. Apesar de ele garantir que ainda está comprometido com o acordo, o atual CEO do Twitter diz já estar preparado para uma eventual desistência.
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