A tentativa de compra do Twitter pelo bilionário Elon Musk tem assumido ares de novela mexicana, com direito a mensagens cifradas nas redes sociais, renúncias espetaculares e até mesmo uma certa "pílula de veneno". O bilionário está disposto a gastar US$ 15 bilhões (R$ 70 bilhões) "do próprio bolso", disseram duas fontes ao New York Post na terça-feira (19).
De acordo com a publicação, o dono da Tesla fará uma nova investida para a compra definitiva da rede social, lançando uma segunda oferta pública de aquisição em 10 dias. No entanto, mesmo sendo o homem mais rico do mundo, Musk parece estar tendo problemas para levantar o restante do dinheiro e atingir o valor dos US$ 43 bilhões da oferta inicial.
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Como já possui 9,1% das ações do Twitter, o bilionário buscou inicialmente o banco Morgan Stanley, de Nova York, para levantar um empréstimo bancário de US$ 10 bilhões. O restante do dinheiro, algo em torno de US$ 20 bilhões, viria de coinvestidores, como alguns tradicionais parceiros de Musk na Tesla e na SpaceX, além de fundos de private equity.
Aquisição hostil e pílula de veneno
Fonte: qimono/Pixabay/Reprodução.Fonte: qimono/Pixabay
Segundo o The Post, um tweet enigmático no final de semana, no qual citou o hit de Elvis Presley "Love Me Tender", seria a senha para a chamada oferta pública hostil. Isso ocorre quando uma empresa compra outra através da aquisição das ações em bolsa, sem consentimento ou até contra a vontade do conselho de administração da adquirida.
Isso levou o Twitter a anunciar, na sexta-feira (15) um plano de direitos de duração limitada, o que é popularmente conhecido como "pílula de veneno". Esse mecanismo estabelece que toda vez que um investidor individual atingir a participação de pelo menos 15% do capital da empresa, em transação não aprovada pelo Conselho, os demais acionistas adquirem o direito de comprar os papéis com desconto.
Enquanto isso, a empresa de private equity Thoma Bravo também prepara uma oferta de compra do Twitter. Segundo especulações, outras gigantes do mercado também podem entrar na disputa.
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