Os entregadores e motoristas de aplicativos realizam paralisação das atividades nesta terça-feira (29), em várias cidades do Brasil. A manifestação tem como motivação a busca por melhores condições de trabalho em plataformas como Uber, iFood, 99 e Rappi, entre outras.
Conforme os organizadores do protesto, a alta no preço dos combustíveis teve um grande impacto na vida dos trabalhadores de apps, diminuindo os ganhos com as corridas e entregas. Também há reclamações quanto ao não repasse dos reajustes das tarifas por parte das companhias.
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A greve dos trabalhadores de apps está afetando pelo menos 17 cidades, de acordo com o UOL. Entre elas, estão as capitais São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e Manaus (AM), além de municípios como Juiz de Fora (MG), Campinas (SP) e Volta Redonda (RJ).
Motoristas de Uber estão entre os manifestantes do dia.Fonte: Shutterstock
Líderes do movimento sugeriram aos trabalhadores que cruzem os braços durante todo o dia, além de convidá-los a participar dos protestos nos locais marcados. Eles também pediram aos usuários que não solicitem os serviços de entrega e transporte hoje.
Principais reivindicações
Embora esteja acontecendo em diversas localidades, a paralisação dos motoristas de apps e entregadores não possui organização unificada. Dessa forma, algumas cidades podem ter a participação das duas categorias, enquanto em outras há apenas uma delas.
O mesmo vale para as reclamações, que podem apresentar diferenças, dependendo da região e categoria. Mas de modo geral, as principais reivindicações dos grupos aos apps de transporte e delivery são:
- Corrida mínima no valor de R$ 10;
- Porcentagem recebida pela Uber fixada em 20%;
- Valor do quilômetro reajustado em todas as corridas;
- Melhoria nos incentivos para os motoristas com maior pontuação;
- Detalhamento dos valores de todas as categorias;
- Instalação de câmeras em carros conduzidos por mulheres;
- Pagamento do deslocamento até o passageiro;
- Fim do preço fixo.
Manifestação no dia 1º de abril
Uma nova manifestação dos trabalhadores de aplicativos está prevista para a próxima sexta-feira (1º), envolvendo principalmente os entregadores. Também contando com diferentes organizadores, ela deve ocorrer em várias cidades.
O movimento “Apagão dos Apps” defende pautas como a taxa mínima de R$ 10 para cada entrega e a regulamentação da profissão, além de protestar contra o aumento da gasolina e a precarização do trabalho.