O Magazine Luiza não está vivendo uma boa Semana do Consumidor quando o assunto é valor de mercado. Na terça-feira (15), após a divulgação de fracos resultados do quarto trimestre de 2021, as ações da plataforma digital de varejo despencaram no Ibovespa, principal índice da Bolsa de valores oficial do Brasil.
Logo na abertura, os papéis registraram forte queda, chegando a uma mínima de R$ 4,65, uma baixa de 12,76%. No entanto, as ações amenizaram as perdas, atingindo no pré-fechamento de ontem (16), o valor de R$ 5,13.
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Um resultado apagado para o Magazine Luiza já era esperado pela maioria dos analistas de mercado, face a um cenário desconfortável de fraco desempenho das lojas físicas, redução das margens e desaceleração das vendas em um mercado cada vez mais competitivo, sem contar a volta angustiante da inflação e a elevação gradual da Selic pressionando o resultado financeiro.
Prejuízo e expectativas desanimadoras
Fonte: Magazine Luiza Magalu/Wikimedia Commons/Reprodução.Fonte: Magazine Luiza Magalu/Wikimedia Commons
No entanto, para desalento da companhia, que já foi a queridinha dos investidores, alguns desses resultados ainda foram bem piores do que a expectativa dos analistas, com um destaque negativo para as vendas nas lojas. Com isso, a companhia acabou fechando o último trimestre de 2021 com um prejuízo líquido de R$ 79 milhões.
Na coletiva de apresentação dos resultados, o CEO do Magalu, Frederico Trajano, chamou a atenção para as aquisições de 20 empresas nos últimos anos, como a Kabum no ano passado, investimentos que ainda precisam ser "digeridos" segundo o executivo. Falando também do GMV (métrica de vendas online) da Netshoes, o executivo lembrou que "quase 40% desses clientes nunca compraram no ambiente da Magalu”.
Trajano destacou que o público de baixa renda perdeu muito poder de compra com a inflação. Sobre expectativas de melhoras no cenário macroeconômico no segundo semestre de 2022, o executivo afirmou que "pode acontecer de tudo", mas não espera "grandes surpresas".
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