O Google vai enviar alertas de ataques aéreos para todos os celulares Android na Ucrânia, em meio à invasão das tropas russas. A novidade foi descoberta pelo XDA na quinta-feira (10) e posteriormente confirmada pela big tech.
De acordo com a companhia de Mountain View, o “sistema rápido para alertas de ataque aéreo” foi desenvolvido a pedido e em parceria com o governo ucraniano. Ele será usado de forma complementar à ferramenta de notificação já oferecida pelas autoridades locais, que avisa a população sobre a aproximação das aeronaves.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O mecanismo funciona por meio do Google Play Services, um app nativo do Android, responsável por realizar várias tarefas. A principal vantagem de utilizar a plataforma para enviar os avisos é que os usuários não precisam baixar apps para recebê-los, atendendo quem tem dificuldade em manusear o aparelho.
Usado nos alertas de ataques aéreos, o Play Services é um app nativo do Android.Fonte: Google/Divulgação
Como está presente em praticamente todos os smartphones Android, o Play Services permite que os alertas cheguem a um público muito maior. O mesmo sistema costuma ser utilizado para notificar sobre a ocorrência de terremotos, verificando os dados aproximados de localização do dispositivo para definir quem e quando deve receber os avisos.
Mais ajuda
Além do sistema de alertas de ataques aéreos, o Google preparou outras medidas que podem salvar vidas na guerra da Ucrânia. Desativar recursos do Google Maps, como as informações de tráfego, é uma delas, pois esses dados podem ser utilizados pela inteligência militar russa.
Editar informações no serviço de mapas também foi suspenso na região, após usuários denunciarem o uso da ferramenta para coordenar ataques aéreos, com a marcação de locais estratégicos nas cidades ucranianas.
É válido lembrar ainda que a gigante das buscas disponibilizou um serviço de rastreamento de contatos logo no início da pandemia do novo coronavírus, em parceria com a Apple.
Fontes