O Procon-SP notificou e pediu explicações ao Mercado Livre, na terça-feira (8), a respeito do ataque hacker sofrido pela empresa no dia anterior, quando dados de mais de 300 mil usuários da plataforma foram acessados.
Embora não tenha, a princípio, encontrado indícios de comprometimento de senhas, contas, investimentos ou informações financeiras, a empresa fez um comunicado à Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM americana), reconhecendo que a falha ocorreu depois que “parte do código-fonte do MercadoLibre, Inc. foi objeto de acesso não autorizado”.
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Fonte: Procon-SP/Divulgação.Fonte: Procon-SP
O que foi pedido pelo Procon-SP?
As explicações solicitadas pelo órgão de defesa do consumidor paulista, com prazo para resposta até hoje (11), dizem respeito a detalhes da ocorrência e providências que estão sendo tomadas pelo Mercado Livre para proteger os dados pessoais de clientes de acessos não autorizados, “conforme disposto no art. 46 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”.
Dividido em tópicos, o ofício do Procon-SP quer saber da empresa:
- quando ela constatou o problema;
- quais serviços de atendimento foram atingidos pelo ataque hacker;
- quantos consumidores foram afetados pelo vazamento de dados;
- que tipo de transações foram (ou ainda estão) comprometidas;
- quais foram os impactos para o consumidor;
- se houve danos ao banco de dados da empresa;
- detalhar as informações comprometidas.
Por fim, o Mercado Livre deve explicar à fundação de proteção ao consumidor quais protocolos de segurança foram adotados para evitar a repetição da falha, quantas reclamações foram registradas no SAC da empresa e que tipo de tratamento está sendo dispensado a esses consumidores.
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