Um acionista da Tesla chamado Richard J. Tornetta processou o CEO Elon Musk e o conselho de administração da empresa em uma ação coletiva em junho de 2018, acusando-os de violação de seus deveres fiduciários. Os advogados do bilionário pediram ao tribunal de Delaware, na semana passada (24), que o caso fosse arquivado, mas a petição foi negada, segundo informado pela CNBC.
De acordo com a emissora norte-americana, Elon Musk, que preside o conselho de administração e é também o maior acionista da Tesla, obteve um prêmio de desempenho da função em 2018, que consistia em 101,3 milhões de opções de ações da companhia (posteriormente reajustadas para desdobramento na base de 5 por 1 em 2020). No entanto, o pagamento do plano é condicionado ao atingimento de metas.
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Em comunicado, a Tesla fazia uma estimativa preliminar de valor justo agregado do plano em US$ 2,6 bilhões. O pacote total foi avaliado em US$ 55,8 bilhões, considerando-se uma capitalização de mercado da empresa em US$ 650 bilhões. A grande questão é que a Tesla é hoje uma empresa trilionária, valor atingido em outubro do ano passado, projetando ganhos estratosféricos para Musk com a valorização das ações.
Qual o objetivo do acionista da Tesla?
Fonte: Tesla/Divulgação.Fonte: Tesla
No processo movido contra a Tesla e seu CEO, Tornetta alega que o plano que beneficia Musk é "injusto e totalmente desnecessário", uma vez que o bilionário já possuía uma grande participação acionária na companhia de Austin. Acrescenta que o prêmio está "além dos limites do julgamento razoável e é inexplicável por qualquer outro motivo que não seja a má-fé".
Nas alegações iniciais, o acionista afirmou que o acordo foi, na verdade, elaborado pelo próprio Musk, com a assistência pessoal de seu ex-advogado de divórcio Todd Maron, que também era conselheiro geral da Tesla na época.
A chanceler do tribunal, Kathleen St. J. McCormick, negou o pedido da defesa de Musk e afirmou que o caso vai a julgamento em 18 de abril.
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