Com a invasão da Ucrânia realizada pela Rússia ainda em andamento, mais empresas de tecnologia anunciaram sanções contra o país europeu. As companhias tentam pressionar e isolar a nação comandada por Vladimir Putin, que entrou na segunda semana de conflitos armados contra o território vizinho.
A plataforma de streaming Netflix anunciou que temporariamente pausou projetos e aquisições na Rússia — incluindo produções locais que estavam em andamento, seja em fase de produção ou edição.
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Além disso, ela reforçou que não pretende colaborar com a lei nacional que obriga plataformas de transmissão a adicionarem canais estatais ao catálogo do serviço. Entretanto, ainda é possível acessar normalmente a Netflix na região.
Spotify
O serviço de streaming de música e podcasts Spotify anunciou por tempo indeterminado o fechamento do escritório da empresa na Rússia, além de colaborar com doações.
A companhia mantinha representação na região para obedecer a uma lei local, mas citou o "ataque não provocado contra a Ucrânia" como motivo para garantir a segurança dos funcionários. A empresa alega que já removeu vários conteúdos de desinformação ligados a agentes estatais russos desde a última semana, além de restringir a visibilidade de canais de mídia controlados por Putin a partir do algoritmo.
PayPal
Por fim, a plataforma de pagamentos e carteira virtual PayPal encerrou os cadastros a novos usuários na Rússia. Algumas pessoas já tiveram as contas bloqueadas na região, assim como transações envolvendo bancos de origem russa.
No momento, apenas transações internacionais são permitidas. A empresa alegou que está estudando a implicação de sanções antes de tomar novas atitudes, além de colaborar com o gerenciamento de doações para a Ucrânia.
Pressão tecnológica
O trio agora faz parte de uma lista crescente de empresas de tecnologia impondo sanções ao governo de Putin, na tentativa de pressionar o governante a recuar da invasão.
A Apple suspendeu vendas e exportações de produtos e serviços no país, enquanto Intel e AMD confirmaram que não venderão chips para os russos. Plataformas de vídeo como YouTube, Roku e DirecTV bloquearam o acesso da população a canais oficiais de notícias que pertencem ao governo russo.
Além disso, os apps dessas companhias foram removidos de App Store e Google Play Store nos territórios onde há conflito, com bandeiras de cartão e plataformas mobile de pagamento limitando o funcionamento na Rússia.
Fontes