O empresário Elon Musk será novamente investigado pelo órgão regulador Securities and Exchange Commission (SEC), desta vez por supostamente fornecer informações privilegiadas ao próprio irmão e também se aproveitar de sua posição como chefe executivo.
Segundo o jornal The Wall Street Journal, tanto Elon quanto Kimbal Musk podem ter violado regras sobre a prática conhecida como "insider-trading", que envolve movimentar ações com base em conhecimentos prévios sobre a empresa em questão.
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O caso aconteceu em 2021 e já levantou suspeitas desde o princípio. Tanto Elon quanto Kimbal venderam US$ 108 milhões em ações da Tesla um dia antes do CEO postar no Twitter uma enquete perguntando aos seguidores se ele deveria ou não vender 10% da sua participação na montadora.
Elon e Kimbal: a venda foi estratégica antes de uma desvalorização planejada?Fonte: Kimbal Musk/Twitter
Citando preocupações sobre como ganhos com ações muitas vezes são considerados uma forma de escapar de impostos, Elon Musk prometeu seguir a resposta do público e o "Sim" ganhou por cerca de 58%. As ações da Tesla apresentaram uma queda brusca com a divulgação do resultado.
Os Musk contra a SEC
A investigação da SEC vai buscar saber se Kimbal ficou sabendo da enquete do irmão e se a dupla combinou a venda já pensando em uma eventual queda. Além do parentesco, Kimbal é também membro do conselho de diretores da Tesla — e isso é que caracterizaria a sua ação como crime.
As brigas entre Elon Musk e a SEC são antigas: o empresário já levou broncas por movimentar o valor de mercado da Tesla com base em tweets e, em 2018, foi obrigado a deixar a presidência do conselho da Tesla após um acordo com o órgão.
Recentemente, o empresário anunciou que está "construindo um caso" contra a comissão, sem detalhar exatamente que tipo de denúncia será feita por ele.
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