O Conselho Europeu de Editores (EPC) registrou uma queixa contra o modelo de publicidade digital do Google, considerando que a empresa favorece seus próprios serviços no buscador. A crítica fortalece a investigação da Comissão Europeia sobre a gigante priorizar seus negócios com publicidade online em detrimento dos rivais. A investigação foi aberta em junho do ano passado.
O conselho, que inclui membros como Axel Springer, News UK, Conde Nast, Bonnier News e Editorial Prensa Iberica, reclamou que o Google tem um domínio adtech sobre os editores. "Já é hora de a Comissão Europeia impor medidas ao Google que realmente mudem, e não apenas desafiem seu comportamento", disse o presidente do EPC, Christian Van Thillo, em comunicado.
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"O Google alcançou o controle integral de anúncios no setor de tecnologia, ostentando participações de mercado de até 90/100% em anúncios", completou Van Thillo. Segundo relatórios, a companhia faturou US$ 147 bilhões com anúncios online em 2020, mais do que qualquer outra empresa no mundo.
Como apurado pela Reuters, um porta-voz da empresa explicou que "quando os editores optam por usar nossos serviços de publicidade, eles mantêm a maior parte da receita, e todos os anos pagamos bilhões de dólares diretamente aos parceiros de publicação em nossa rede de anúncios".
Processos contra o Google
Não é a primeira vez que o Google é multado por práticas anticompetitivas. Ainda neste mês, a empresa foi processada em 2,1 bilhões de euros por uma plataforma sueca. Já em novembro de 2021, a companhia perdeu um recurso no Tribunal Geral da União Europeia após anos de análise de recursos e teve oficializada uma multa de 2,42 bilhões de euros.
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