A Microsoft anunciou um conjunto de práticas recomendadas chamado “Open App Store Principles” para a loja de aplicativos do Windows e o mercado da próxima geração de jogos da empresa. A medida visa acalmar os ânimos em relação recente aquisição da Activision Blizzard — distanciando a empresa de seus rivais (Google e Apple) que enfrentam ações judiciais devido a restrições em suas lojas de aplicativos.
Segundo o comunicado oficial, a empresa deseja que os reguladores e o público saibam de seu comprometimento em se adaptar a essas novas leis. A Microsoft diz que os princípios são “baseados na legislação da loja de aplicativos que está sendo considerada por governos de todo o mundo”, incluindo os Estados Unidos e a União Europeia.
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Novas medidas da Microsoft também visam facilitar a vida de desenvolvedores.Fonte: Folha
Os princípios foram divididos em quatro pilares principais. Neles, a Microsoft se compromete com:
- Qualidade, segurança, proteção e privacidade: com controles de privacidade e suporte para todos os desenvolvedores;
- Responsabilidade: mantendo seus próprios aplicativos nos mesmos padrões de apps de terceiros sem usar dados de análise privada para competição;
- Justiça e transparência: aplicando regras de moderação consistentes e transparentes;
- Escolha do desenvolvedor: onde os desenvolvedores terão liberdade para não usar o sistema de pagamentos da Microsoft em compras no app sem serem prejudicados; não precisarão fornecer termos mais favoráveis à empresa e toda a comunicação sobre ofertas será feita diretamente com os desenvolvedores.
Evitando acusações de monopólio
O último tópico citado pela empresa é o responsável pelas ações judiciais contra a Apple e o Google — visto que já afirmam ser justos, transparentes, responsáveis e oferecem controles de privacidade e segurança. Como é o caso da Apple que, ao limitar seu sistema de pagamento no aplicativo, está travando uma batalha nos tribunais sendo acusada de monopólio pela Epic Games.
Ao que parece, a Microsoft está se comprometendo com a abertura da Windows Store, mas a loja do Xbox só seguiria os três primeiros princípios, ao que justificam que “a legislação emergente não está sendo escrita para dispositivos de computação especializados, como consoles de jogos, por boas razões”. Um exemplo disso é a Open App Markets Act, aprovada pelo Senado dos Estados Unidos na semana passada, que isenta os consoles das regras propostas.