O Rumble, uma plataforma de compartilhamento de vídeos sediada no Canadá, ofereceu US$ 100 milhões ao podcaster Joe Rogan nessa segunda-feira (7), convidando-a divulgar seu programa no serviço com a promessa de não haver qualquer tipo de censura. Para tanto, o apresentador teria que abandonar o Spotify, com quem tem contrato de exclusividade.
“Que tal você trazer todos os seus shows para o Rumble, antigos e novos, sem censura, por US$ 100 milhões ao longo de quatro anos? Esta é a nossa chance de salvar o mundo. E sim, isso é totalmente legítimo”, escreveu o CEO da plataforma Chris Pavlovski. O convite foi publicado pelo perfil da empresa no Twitter.
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A proposta, equivalente a R$ 525 milhões pela cotação de hoje, é semelhante à quantia investida pelo Spotify em 2020 para distribuir o podcast The Joe Rogan Experience. Não há informações sobre quando termina este contrato nem a respeito da possibilidade de adicionar os episódios em outro serviço, de imediato.
Hey @joerogan, we are ready to fight alongside you. See the note from our CEO @chrispavlovski... pic.twitter.com/G7ahfNNjtP
— Rumble (@rumblevideo) February 7, 2022
Fundado em 2013, o concorrente do YouTube é conhecido por possuir regras de moderação muito mais brandas. Por conta desta característica, a plataforma acabou se tornando popular entre os conservadores, assim como as redes sociais Parler e Gab, contando atualmente com cerca de 39 milhões de usuários ativos, conforme dados mais recentes.
Acusações de racismo e desinformação
Desde que estreou seu programa no maior streaming de áudio da atualidade, Rogan se tornou bastante popular entre os ouvintes. No entanto, a atração tem enfrentado uma série de acusações relacionadas a divulgação de conteúdos racistas e desinformação sobre a covid-19.
A distribuição desses materiais levou a protestos do cantor Neil Young, que solicitou a retirada do seu catálogo musical da plataforma, atitude seguida por Joni Mitchell e outros artistas. As polêmicas também levaram a críticas por parte de funcionários e até investidores da companhia, resultando na implementação de avisos e novas regras para a moderação de conteúdos postados.
Por enquanto, o apresentador não respondeu se aceita o convite do Rumble, seguindo prestigiado no Spotify, apesar de a empresa ter excluído mais de 100 episódios do seu programa. O cofundador do streaming Daniel Ek saiu em sua defesa, recentemente, dizendo que não iria censurá-lo.
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