As ações da Meta, empresa que controla o Facebook e outros empreendimentos, caíram mais de 20% nesta quarta-feira (2). O motivo foi a divulgação do relatório financeiro da companhia com o desempenho em usuários e receita gerada para o último trimestre e todo o ano de 2021.
O número mais preocupante para os acionistas foi o de usuários ativos diários do Facebook, que caiu pela primeira vez na história da rede social — indo de 1,93 bilhão para 1,929 bilhão. Foi uma mudança leve, mas a queda inédita indica que a fase da plataforma não é mesmo boa.
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Além disso, a quantidade de usuários mensais ativos estagnou em 2,91 bilhões, sem mudanças em relação aos três meses anteriores. A receita gerada, entretanto, continuou alta e bateu até mesmo a meta de analistas do mercado: US$ 33,67 bilhões, o melhor desempenho trimestral da Meta em 2021.
De quem é a culpa?
Segundo a Meta, há alguns motivos que explicam ao menos a falta de um crescimento mais acelerado da empresa. Eles incluem as mudanças nas políticas de privacidade do iOS, crises econômicas que afetam anunciantes (de inflação até a escassez de chips no mercado de tecnologia) e a desvalorização de algumas moedas estrangeiras.
Além disso, a empresa reconheceu que há uma competição crescente por tempo de uso no mercado de redes sociais, sendo que o engajamento tem sido maior em conteúdos de vídeo que monetizam menos — como o Reels, do Instagram, ou rivais externos, o TikTok.
Para o primeiro trimestre de 2022, a expectativa do mercado é de que a receita gerada pela empresa continue apresentando um crescimento que pode chegar a 11%.