Empresa controladora do Google, a Alphabet divulgou na terça-feira (1º) seus resultados do quarto trimestre do ano fiscal de 2021. As vendas do conglomerado de Mountain View cresceram 32% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a US$ 75,3 bilhões (R$ 396 bilhões) somente nos três últimos meses do ano anterior. O resultado fez a receita anual alcançar o impressionante recorde histórico de US$ 258 bilhões, ou R$ 1,37 trilhão.
Os analistas destacaram que a empresa "surfou" na onda da pandemia do coronavírus, como se o ambiente virtual fosse imune aos seus efeitos negativos, e também aos problemas gerados pela cadeia de suprimentos global. Em vez disso, o que se viu foi que "o quarto trimestre teve um forte crescimento contínuo em nosso negócio de publicidade, que ajudou milhões de empresas a prosperar e encontrar novos clientes", disse o CEO Sundar Pichai.
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Em uma teleconferência para divulgação dos resultados financeiros, o diretor de negócios do Google, Philipp Schindler, criou uma imagem que ajuda explicar o sucesso do grupo. Para o executivo, durante o ano de 2021, os consumidores "mergulharam" nas pesquisas do Google, em busca de roupas e itens de hobby, ao mesmo tempo em que anunciantes de varejo, finanças, entretenimento e viagens aumentaram seus orçamentos de marketing.
Google’s annual revenue:
— Jon Erlichman (@JonErlichman) February 1, 2022
2021: $258 billion
2020: $183 billion
2019: $162 billion
2018: $137 billion
2017: $111 billion
2016: $90 billion
2015: $75 billion
2014: $66 billion
2013: $56 billion
2012: $46 billion
2011: $38 billion
2010: $29 billion
2009: $24 billion
Como foram os resultados do Google?
Segundos os analistas, o Google é a empresa mais gera receita com seus anúncios na internet, uma tendência que deve se manter inalterada nos próximos anos. A receita de publicidade da empresa, somente no último trimestre de 2021, foi de US$ 61,24 bilhões (R$ 324 bilhões).
Curiosamente, isso ocorreu em um cenário no qual as alterações de privacidade introduzidas no iOS pela Apple geraram perdas de receita para o Facebook, Twitter, Snapchat e YouTube, que podem ter chegado a US$ 10 bilhões no segundo semestre de 2021, conforme o Financial Times.