De acordo com informações reveladas pelo jornal O Estado de São Paulo, o WhatsApp fechou uma parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para criar uma ferramenta para combater disparos em massa e fake news durante o período eleitoral — na última eleição, milhares de contas do WhatsApp espalharam dezenas de notícias falsas por todo o Brasil.
Na última quinta-feira (27), o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, se reuniu com o head do WhatsApp, Will Cathcart, para debater e revelar um pouco mais sobre a parceria. Eles comentaram que será desenvolvido um chatbot do TSE disponível para o aplicativo de mensagens, com o intuito de auxiliar a resolver dúvidas dos eleitores brasileiros.
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Reunião sobre o período eleitoralFonte: TSE
A companhia também revelou que realizará cursos de capacitação em combate à desinformação para os servidores dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs). Além disso, o TSE disponibilizará uma ferramenta onde os brasileiros poderão denunciar notícias falsas que receberam pelo WhatsApp e, caso a informação seja confirmada, a conta ilegal será excluída.
“Foi divulgado que o WhatsApp mudaria políticas que dificultam a circulação de noticias fraudulentas, o que nos deixou preocupados. E aí marcamos essa ligação com o chefe mundial do aplicativo. Ele me assegurou que nada vai ser alterado até as eleições e reiterou o compromisso de combater comportamentos inautênticos (como robôs, perfis falsos e trolls), bem como disparos em massa, que são ilegais… O acordo do WhatsApp com o TSE visa justamente proteger a democracia contra comportamentos inautênticos, mas sem restrição indevida ao debate público e à liberdade de expressão”, disse Barroso.
TikTok também vai ajudar
De acordo com informações da Veja, o Tribunal Superior Eleitoral também está fechando uma parceria com a rede social chinesa TikTok com o mesmo intuito. A ideia é diminuir a propagação de fake news e oferecer um ambiente digital mais seguro para os usuários.
Durante as eleições de 2018, o WhatsApp foi amplamente usado para divulgar notícias falsas sobre os presidenciáveis e outras questões importantes. Inclusive, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foram acusados de usar contas falsas para ajudar o crescimento de sua campanha.
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