De olho em possível oferta pública inicial (IPO) em uma bolsa norte-americana, a fintech brasileira Creditas anunciou nesta terça-feira (25) que conseguiu levantar US$ 260 milhões (R$ 1,4 bilhão) em rodada Série F, liderada pela corporação Fidelity; Com isso, a empresa foi avaliada em US$ 4,8 bilhões (R$ 26,2 bilhões).
Falando ao InfoMoney, o fundador e diretor-executivo da Creditas, Sergio Furio, afirmou que outros acionistas de peso, como os fundos Vision e Latin America (do SoftBank) também acompanharam a rodada. O objetivo da capitalização, segundo o executivo, é apostar em uma suposta volatilidade ao longo do ano para efetuar novas aquisições. “O mercado estava ficando um pouco esquisito e queríamos estar bem capitalizados”, explicou.
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Os recursos obtidos na Série F serão empregados na expansão da base de clientes da Creditas. A fintech se prepara para um cenário não muito promissor, com a economia brasileira virtualmente estagnada e um cenário eleitoral turbulento. “Os brasileiros terão que tomar mais empréstimos com garantias, já que os bancos incumbentes vão recuar a oferta de outras linhas de crédito”, aposta Furio.
O crescimento da Creditas
Fonte: Sergio Furio/Twitter/Divulgação.Fonte: Sergio Furio/Twitter
A Creditas iniciou sua jornada em 2012, atuando como credor garantido, no qual fazia parcerias com bancos para fornecer empréstimos garantidos a taxas mais baixas (30% ao ano contra 85% a.a.), e operava em um modelo de marketplace. O sucesso foi tanto que a empresa dispensou o banco parceiro e lançou sua própria plataforma. Com isso, tornou-se a garantidora dos fundos para os empréstimos.
Em 2019, o que era uma simples financeira se transformou em um ecossistema completo. Se o cliente tivesse um carro, por exemplo, e precisasse de dinheiro, a Creditas pegaria o carro como garantia, para emprestar a uma taxa bem mais baixa. Posteriormente, a fintech ofereceria seu marketplace para o cliente trocar o carro por um mais novo, e ainda venderia o seguro para o veículo.
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