O jornal Financial Times publicou uma entrevista com o vice-presidente da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA), Erik Thedéen, na qual o executivo reitera um pedido de proibição do protocolo Prova de Trabalho (PoW na sigla em inglês) em todo o bloco. Para o sueco, as autoridades reguladoras europeias devem redirecionar a criptomineração para formas menos intensivas de energia.
A PoW foi implementada com o Bitcoin, como um mecanismo de consenso utilizado para garantir a segurança do blockchain. O método envolve mineradores do mundo inteiro, utilizando diversos computadores poderosos para solucionar problemas matemáticos complexos, permitindo que as transações sejam registradas no "livro-razão" virtual. Em retorno, essas pessoas recebem novas moedas. Além do Bitcoin, o Ethereum também usa o modelo.
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Se na PoW, você é recompensado pela mineração em função do seu poder computacional e energia utilizada, na validação PoS (iniciais de prova de participação), as chances de recompensa estão ligadas ao tamanho da sua carteira e à firmeza do seu comprometimento. Considerada a alternativa ideal so sistema atual, a PoS gasta menos energia, pois os usuários ganham o direito de registrar transições com base em seus investimentos.
O que querem os reguladores da União Europeia (UE)?
Fonte: dimitrisvetsikas1969/Pixabay/Reprodução.Fonte: dimitrisvetsikas1969/Pixabay
Thedéen defende que "a solução é proibir a prova de trabalho", pois "Proof-of-stake [PoS] tem um perfil de energia significativamente menor." Além disso, uma eventual proibição não representaria um impacto significativo na indústria de mineração, pois esse protocolo não tem uma participação significativa na Europa.
No entanto, é possível que os administradores da UE estejam preocupados com uma possível migração dos mineradores da China, onde todas as formas de criptomineração foram proibidas em setembro de 2021, para o continente europeu. Hoje, os EUA dominam amplamente a mineração de bitcoins, com participação de 34,5%; seguidos do Cazaquistão, com 18,1%, e da Rússia, com 11,23%. Os dados são do Cambridge Center for Alternative Finance.
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