A Xiaomi tem uma estratégia de vender smartphones de última geração com preço atraente, com baixas margens de lucro, e na aposta de tecnologias de ponta e futuristas. Apesar de ter sido fundada apenas em 2010 na China, a fabricante rapidamente se tornou bastante popular no mundo e no Brasil, se tornando a companhia entre as maiores marcas globais de telefones inteligentes.
Ao lado dos iPhones e dos telefones da Samsung, o Redmi Note 9, Redmi Note 8 e Poco X3 NFC da Xiaomi se destacam entre os 10 celulares mais vendidos do Brasil em 2021, de acordo com dados do Zoom. Além disso, a empresa chinesa oferece tablets, notebooks, wearables, smarts TVs, dispositivos e streaming e equipamentos para casas inteligentes.
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Quer conhecer um pouco mais sobre a história da Xiaomi? Confira 5 curiosidades.
1. O que significa Xiaomi?
Abreviação do nome, Mi, passou a significar "Mobile Internet". (Fonte: Wikimedia Commons/Raysonho/Reprodução)Fonte: Wikimedia Commons/Raysonho/Reprodução
Como muitas empresas chinesas, o nome que batiza a companhia de eletrônicos tem forte ligação com a cultura da China. Em mandarim, “xiaomi” significa “pequeno arroz”. O termo faz referência a um ditado budista que diz que “único grão de arroz é capaz de ser tão incrível quanto uma montanha”.
Até hoje, o cereal é um importante componente da base alimentar do gigante asiático. Durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa (1937-1945), o líder Mao Tse Tung afirmava que os chineses utilizavam no campo de batalha “xiaomi e rifles”, o que demonstrar a força que o grão tem na cultura da China.
2. Qual o primeiro produto da Xiaomi?
Primeiro produto da Xiaomi, skin MIUI Android, ainda é oferecido pela empresa. (Fonte: Xiaomi/Reprodução)Fonte: Xiaomi/Reprodução
O primeiro produto oficial da Xiaomi não foi um smartphone e nem era um hardware. Em abril de 2010, a companhia chinesa lançou a skin MIUI para Android, que ganhou força como uma alternativa a outras ROMs personalizadas da época.
Sem um telefone próprio para mostrar o software, as primeiras versões da MIUI foram projetadas para dispositivos como Google Nexus One, Nexus S, HTC Desire, Motorola Droid/Milestone e HTC HD2.
O primeiro hardware, o Xiaomi Mi 1, só foi lançado em 2011. O aparelho foi o primeiro smartphone chinês com chip dual-core. Com uma boa configuração e um preço barato, o sucesso foi instantâneo e mais de 300 mil pedidos de pré-venda foram feitos em menos de 2 dias.
3. Ida e volta ao Brasil
Redmi Note 9 foi um dos 10 celulares mais vendidos no Brasil em 2021. (Fonte: Max Pixel/Reprodução)Fonte: Max Pixel/Reprodução
A primeira tentativa de entrada da Xiaomi no mercado brasileiro foi fracassada. Em 2015, o Brasil foi o primeiro país fora da Ásia a receber os produtos da empresa chinesa. Mas a aventura durou apenas um ano. Em 2016, depois da revogação de incentivos fiscais e alteração de impostos, a companhia chinesa resolveu suspender a produção no Brasil.
Em 2019, a companhia chinesa retornou ao Brasil, desta vez em parceria com a DL Eletrônicos. A Xiaomi passou a oferecer uma série de smartphones, incluindo os últimos lançamentos globais, e dispositivos de internet das coisas. A aceitação foi melhor, principalmente, porque varejistas parceiros já importavam os equipamentos, garantindo uma alta abrangência da marca no país.
4. Líder do mercado de smartphones até 2024
CEO da Xiaomi quer liderança mundial no setor de smartphones até 2024. (Fonte: World Economic Forum/Reprodução)Fonte: World Economic Forum/Reprodução
Durante a comemoração de 10 anos da Xiaomi, o CEO e fundador, Lei Jun, lembrou os planos desenhados em 2014 de colocar a companhia na liderança mundial até 2024. Em junho de 2021, a empresa chegou a figurar como a maior fabricante de celulares do mundo. A posição foi retomada rapidamente pela Samsung, mas os executivos da companhia chinesa pretendem continuar brigando pelo topo.
No ano passado, a fabricante conquistou o primeiro lugar na Europa e em outros 20 mercados mundiais. De acordo com levantamento da StatCounter, a marca foi a que mais cresceu no mercado brasileiro de celular em 2021, mas ainda ficou atrás da Samsung, Motorola e Apple.
5. Carro da Xiaomi
Eletromobilidade é a próxima aposta da Xiaomi. (Fonte: Flickr/Karlis Dambrans/Reprodução)Fonte: Flickr/Karlis Dambrans/Reprodução
A Xiaomi criou uma nova divisão direcionada para carros elétricos no final de 2021, com 300 funcionários e um capital inicial de 10 bilhões de yuan (cerca de R$ 7,9 bilhões). O comando da empreitada ficou nas mãos do próprio CEO da empresa, Lei Jun.
A divisão de mobilidade elétrica comprou por US$ 70 milhões a startup Deepmotion, especializada em inteligência artificial (IA) para direção autônoma e planeja investir US$ 10 bilhões no setor. No entanto, os primeiros carros movidos a eletricidade só deverão começar a ser produzidos em 2024.
Fontes