Em um pronunciamento transmitido no YouTube na terça-feira (11), o primeiro-ministro da província de Quebec no Canadá, François Legault, anunciou um novo imposto a ser cobrado de todos os cidadãos que não se vacinaram contra a covid-19, exceto os com justificativa médica. Segundo o premier, "Todas as pessoas que não forem vacinadas por motivos não médicos terão que pagar uma contribuição".
Segundo o político e empresário, que é hoje a principal liderança da Coalition Avenir Québec (CAQ), embora apenas 10% da população adulta da província ainda não tenha se vacinado contra a covid-19, é esse público que está ocupando hoje 50% de todos os pacientes em unidades de terapia intensiva. Por isso, segundo o primeiro-ministro, eles devem pagar pela pressão exercida sobre o sistema de saúde.
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Uma questão de justiça para 90% da população
François Legault defende que a cobrança do imposto de saúde aos não vacinados é uma "questão de equidade". Fonte: LouisRoyQc/Wikimedia Commons/Reprodução.Fonte: LouisRoyQc/Wikimedia Commons
Para justificar a cobrança do novo imposto, Legault afirma que se trata de buscar equidade. Nas palavras do premier: "Acho que agora é uma questão de justiça para os 90% da população que fizeram alguns sacrifícios". Segundo ele, o fardo colocado sobre o sistema de saúde pela minoria não vacinada fez com que a maioria da população pedisse que houvesse algum tipo de consequência para a escolha dessas pessoas.
Embora ainda não tenha divulgado o valor da "contribuição" compulsória dos não vacinados, o primeiro-ministro quebequense afirmou que será uma quantia "significativa". Ele disse que o valor não será cobrado nos hospitais, em troca dos serviços prestados, mas deverá ser coletado diretamente nas declarações de imposto de renda, da mesma forma que o seguro público de medicamentos prescritos, pago atualmente pelos cidadãos de Quebec.
Sem maconha e álcool para não vacinados
O imposto para não vacinados é só mais uma medida adotada no Quebec para incentivar as vacinas. Na semana passada, o ministro da saúde Christian Dubé anunciou um decreto que proíbe a venda de maconha e álcool para pessoas que ainda não tomaram a primeira dose do imunizante contra covid-19.
A medida só entrará em vigor no dia 18 de janeiro, mas aparentemente já está fazendo efeito. Segundo o ministério, a procura por vacinas subiu 300% desde a semana passada.
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