O Procon Carioca, vinculado à Prefeitura do Rio de Janeiro, multou o iFood em mais de R$ 1,5 milhão. A sanção, anunciada na terça-feira (7), tem relação com o ataque cibernético sofrido pelo app de delivery no início de novembro, quando nomes de restaurantes foram substituídos por mensagens de tom político na plataforma.
Na ocasião, a companhia de entrega de alimentos afirmou que a invasão foi realizada pelo funcionário de uma prestadora de serviço. Além disso, ela alegou que o ataque não resultou em vazamento de dados de clientes nem informações financeiras dos usuários, principalmente números de cartões de crédito e débito.
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Ao investigar o caso, o Instituto Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor solicitou maiores detalhes da invasão ao sistema do delivery, mas não obteve resposta. A entidade disse ainda ter constatado, durante a fiscalização, que o app compartilha dados dos consumidores com terceiros.
O app não prestou informações detalhadas solicitadas pelo Procon do Rio.Fonte: iFood/Divulgação
Diante disso, o órgão ligado à Secretaria Municipal de Cidadania do Rio de Janeiro solicitou, novamente, explicações sobre quais informações são compartilhadas e com quem. Esclarecimentos sobre estabelecimentos afetados, tempo em que as mensagens ficaram no ar e a quantidade de compras feitas durante o problema, entre outras exigências, também foram feitas.
Sem respostas
Como não houve nenhuma resposta por parte do app de entrega após a abertura do procedimento administrativo relacionado ao caso, de acordo com o órgão, o Procon Carioca decidiu multar o iFood. O valor total da multa aplicada pela entidade é de R$ 1.508.240.
"O Procon Carioca está sempre atento às plataformas, aplicativos e violações ao direito do consumidor", ressaltou o diretor executivo do órgão Igor Costa. Já a plataforma de delivery ainda não se pronunciou a respeito da multa recebida.
Esse caso pode render mais problemas para o app, já que a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) pediu à empresa para cobrir os prejuízos causados pela alteração dos nomes dos restaurantes. Cerca de 6% dos estabelecimentos cadastrados no serviço foram atingidos pelo ataque, que incluiu também mensagens contra a vacinação de covid-19.
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