Ativistas e trabalhadores realizaram manifestações nesta sexta-feira (26) contra a Amazon no Brasil e na Europa em plena Black Friday. Enquanto os brasileiros cobravam melhores salários e condições de trabalho, os grupos europeus tentaram chamar a atenção para a causa climática.
No Brasil, o movimento foi convocado por entidades como o Sindicato de Empregados Terrestres em Transportes Aquaviários e Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Settaport). De acordo com a AFP, eles "cruzaram os braços" em Santos (SP) e chegaram a estender uma faixa vermelha em protesto com os dizeres "faça a Amazon pagar", citando o nome de uma grande ação mundial que cobra a companhia.
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Na Europa, grupos montaram barracas e estruturas para impedir que a empresa realizasse o despacho dos produtos comprados na Black Friday. De acordo com a imprensa internacional, os ativistas bloquearam 13 centros de distribuição (CDs) da gigante do varejo no Reino Unido, inclusive o maior depósito da empresa, que está localizado em Dunfermline, na Escócia.
The elite are taking us to extinction and beyond!@GOVUK must limit luxury carbon emissions now. Richest 1% of humanity are on track to emit 30x what is compatible with keeping global heating below 1.5C, and @amazon Bezos's big rocket is just the tip. pic.twitter.com/UC6A6NVLSh
— Extinction Rebellion UK ?? (@XRebellionUK) November 26, 2021
"A elite está nos levando à extinção e além! O governo do Reino Unido deve limitar as emissões de carbono de luxo agora. O 1% mais rico da humanidade está a caminho de emitir 30 vezes mais [gases poluentes], o que é compatível com a manutenção do aquecimento global abaixo de 1,5 °C, e o grande foguete de Bezos da Amazon é apenas o começo", publicou o Extinction Rebellion em sua conta oficial no Twitter.
Por volta das 16h (horário de Brasília) de hoje, o grupo revelou, ainda pelas redes sociais, que mais de 60 pessoas já haviam sido presas. Apesar disso, disse que seis CDs da companhia de varejo no Reino Unido continuavam bloqueados. Ao longo do dia, os ativistas revelaram que também protestavam na Holanda e na Alemanha.
15 distributie centra onbereikbaar, in NL, DE, en VK. @Amazon faciliteert #klimaatcrisis.
— Extinction Rebellion Nederland (@NLRebellion) November 26, 2021
Amazon werft actief nieuwe klanten fossiele industrie (@Shell, @BP_plc, @ExxonMobil) voor AWS, door sponsoren van olie- en gasconferenties.
Sluit je aan of doneer! #greenFriday pic.twitter.com/q2QEugw618
O que diz a Amazon?
O TecMundo entrou em contato com a Amazon em busca de um posicionamento. Por nota, a companhia respondeu que os grupos "representam uma grande variedade de interesses e, apesar de não sermos perfeitos em nenhuma área, se você olhar de forma objetiva o que a Amazon tem feito, você irá notar que nós levamos nosso papel e nosso impacto muito a sério".
A marca defendeu também que está investindo em várias áreas para ter um "papel significativo ao endereçar a mudança climática com o nosso compromisso Climate Pledge em ter zero emissão de carbono até 2040".
Sobre a demanda dos trabalhadores, a Amazon disse que continua a "oferecer salários e benefícios competitivos e criando novas maneiras de mantê-los seguros e saudáveis em nossa rede de operações".
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