A aquisição da empresa de processadores ARM pela Nvidia ganhou um novo obstáculo. Desta vez, o acordo será investigado a fundo por um órgão britânico, a Autoridade de Competição e Mercados (CMA, na sigla original em inglês).
Segundo o comunicado oficial, o CMA detectou que a compra da companhia por uma rival "pode resultar no enfraquecimento substancial de concorrência" nas áreas de data centers, Internet das Coisas, setor automotivo e jogos. Por isso, uma "fase 2" ainda mais completa da investigação que estava em andamento foi autorizada — e ela pode demorar até 24 semanas até o veredito.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
O interesse do governo britânico é alto no caso: a ARM tem sede na cidade inglesa de Cambridge e é tida como referência nacional em semicondutores. Ela foi fundada em 1990, após se separar de uma antiga fabricante conhecida como Acorn Computers.
Aquisição ameaçada
Além da investigação britânica, a compra também passa por uma análise da União Europeia e encara pressão de gigantes da tecnologia que não querem ver o acordo ser realizado por medo de redução na competição.
Anunciada em setembro de 2020 por US$ 40 bilhões, a aquisição tem o prazo de março de 2022 para ser oficializada. Caso isso não ocorra ou um prolongamento da validade não seja aceito, o acordo é encerrado e a atual dona, o grupo japonês de investimentos japonês SoftBank, retoma o controle da companhia.
A Nvidia prometeu colaborar com as investigações e mostrar que a negociação é, na verdade, benéfica para ambos os lados e também para a indústria. Ela também já ofereceu garantias à UE de que não vai prejudicar o setor.