NFT: conheça as 10 peças mais caras já vendidas na internet

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Os NFTs, ou "ativos únicos" em tradução livre para o português, são itens inteiramente digitais abrigados e verificados em uma rede de criptomoedas, chamada Blockchain. Isso significa que seu conteúdo pode até ser replicado por qualquer usuário, assim como tirar cópias de um documento tradicional, mas sua autenticidade ainda pertencerá apenas ao "objeto" original.

As características inatas aos NFTs promoveram um cenário bastante propício para a negociação de itens colecionáveis, sejam individuais ou em coleções, criando um mercado inédito de "bens digitais" como arte. Esse contexto, somado à repentina popularização das criptomoedas, se tornou surpreendentemente rentável para seus "curadores" graças à especulação gerada por grandes nomes do meio artístico internacional — como a cantora Grimes e o músico Mike Shinoda, integrante da banda Linkin Park.

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Recapitulando os maiores sucessos entre os curadores de NFTs, conheça as peças mais caras já vendidas nesse nicho digital e seu impacto na internet:

As NFTs mais caras da Internet

10. CryptoPunk #2338 (US$ 4,37 milhões)

(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)Fonte:  LarvaLabs via Dexerto 

Parte de sua coleção homônima criada ainda em 2017, o CryptoPunk #2338 foi vendido por US$ 4,37 milhões, cerca de R$ 23,69 milhões em conversão direta. Após anos na "prateleira", o conjunto de simpáticos retratos em pixelart se tornou um dos mais caros no nicho.

9. Save Thousands of Lives (US$ 5,23 milhões)

(Fonte: NooraHealth via Dexerto / Reprodução)(Fonte: NooraHealth via Dexerto / Reprodução)Fonte:  NooraHealth via Dexerto 

Representando outro lado em potencial das NFTs, a peça "Save Thousands of Lives" ("Salve Milhares de Vidas", em português) foi concebida por NooraHealth visando ajudar famílias de primeira viagem no Sul da Ásia, mais precisamente no treinamento de parentes para auxiliar as mães puérperas na transição do hospital até suas casas. Seu preço de venda foi US$ 5,23 milhões, ou R$ 28,33 milhões na atual cotação do dólar.

8. Stay Free (US$ 5,4 milhões)

(Fonte: Edward Snowden via Foundation / Reprodução)(Fonte: Edward Snowden via Foundation / Reprodução)Fonte:  Edward Snowden via Foundation 

O único NFT de Edward Snowden, conhecido delator norte-americano, mostra o veredito do julgamento dos crimes cometidos pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos sobreposto com seu retrato. A obra foi vendida por US$ 5,4 milhões, cerca de R$ 29,47 milhões.

7. CryptoPunk #5217 (US$ 5,59 milhões)

(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)Fonte:  LarvaLabs via Dexerto 

Também pertencente à coleção CryptoPunks, o número #5217 é o único primata da lista, mas mostra o valor especulativo do conjunto sendo vendido por US$ 5,59 milhões — ou R$ 30,56 milhões, em conversão direta.

6. Ocean Front (US$ 6 milhões)

(Fonte: Beeple via Dexerto / Reprodução)(Fonte: Beeple via Dexerto / Reprodução)Fonte:  Beeple via Dexerto 

Proeminente no nicho, o artista Beeple é renomado por suas pinturas e animações com um satírico tom lúdico. A qualidade de suas obras também se reflete em seu preço, nesse caso de US$ 6 milhões, ou R$ 32,81 milhões em conversão direta.

5. Crossroad (US$ 6,6 milhões)

Mais uma obra de Beeple, "Crossroad" retrata o desprezo social por uma figura que compartilha semelhanças visuais com o último presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Seu preço final foi de US$ 6,6 milhões, cerca de R$ 36 milhões na atual cotação do dólar.

4. CryptoPunk #7804 (US$ 7,6 milhões)

(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)Fonte:  LarvaLabs via Dexerto 

Abrindo uma sequência de três entradas, a peça de número #7804 é um dos nove únicos "alienígenas" na coleção CryptoPunks, tornando-o mais valioso — no valor de US$ 7,6 milhões ou R$ 41,51 milhões.

3. CryptoPunk #3100 (US$ 7,67 milhões)

(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)Fonte:  LarvaLabs via Dexerto 

Sendo o sétimo mais raro na coleção, o CryptoPunk de número #3100 também é parte do grupo de alienígenas exclusivos e foi vendido por US$ 7,67 milhões, cerca de R$ 41,89 milhões na atual cotação do dólar.

2. CryptoPunk #7523 (US$ 11,75 milhões)

(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)(Fonte: LarvaLabs via Dexerto / Reprodução)Fonte:  LarvaLabs via Dexerto 

O último CryptoPunk da lista, de número #7523, é o terceiro mais raro de toda a coleção e foi leiloado por US$ 11,75 milhões — R$ 64,18 milhões em conversão direta.

1. Everydays: the First 5000 Days (US$ 69,3 milhões)

(Fonte: Beeple via Dexerto / Reprodução)(Fonte: Beeple via Dexerto / Reprodução)Fonte:  Beeple via Dexerto 

Responsável por dar os holofotes ao nicho de NFTs, a peça "Everydays: the First 5000 Days" reúne os primeiros cinco mil desenhos de Beeple, concebidos diariamente desde 2007. Leiloada por surpreendentes US$ 69,3 milhões, ou R$ 378,51 milhões em conversão direta, a obra coroou o artista digital como um dos mais influentes na Internet.

Nem tudo que reluz é ouro

Preferências à parte, os preços dos NFTs não se distanciam tanto dos artigos de arte tradicional, por vezes igualmente disruptivos, negociados ao redor do mundo. Movidos pela especulação pertinente ao seu respectivo nicho, os colecionadores desembolsam milhões de dólares em itens de todos os tipos, como é o caso da Pintura Autodestrutiva de Bansky, recém-vendida por US$ 25,4 milhões.

Possivelmente, a principal diferença entre "os dois mundos" é a sua porta de entrada, mais branda no caso dos NFTs, que exigem apenas o artigo a ser "leiloado" e uma taxa de transação — além do conhecimento básico de criptomoedas. Essa característica, embora possa ser excludente do ponto de vista tecnológico, impulsionou a carreira de diversos artistas anônimos em todo o mundo, muitas vezes oferecendo um retorno monetário superior ao comumente encontrado em seu país de origem.

Por outro lado, os NFTs ainda dividem a opinião das redes sociais, com sua maior crítica se relacionando ao consumo energético inato à rede Ethereum, a principal blockchain utilizada para sua negociação. O impacto do problema, ainda em fase de estudo, deve se minimizar em até 99% com a chegada do Ethereum 2.0, uma atualização que deve revolucionar a tecnologia e seu funcionamento.

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