Terminou, nesta sexta-feira (5), o leilão do 5G da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Iniciado ontem (4), o certame atingiu o valor recorde de R$ 46,79 bilhões, sendo que grande parte do montante será voltado para investimentos. O dinheiro alcançado foi o 2° maior em um leilão público na história do país, atrás somente do leilão do pré-sal.
"Superou todas as nossas expectativas", disse o ministro das Comunicações, Fábio Faria, em coletiva realizada no início da tarde de hoje. O chefe da pasta disse que esse também foi o maior leilão da história da América Latina.
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Além das operadores tradicionais que já operam a nível nacional no país, o leilão confirmou a presença de 6 novas empresas: Cloud2You, Winity, Brisanet, Consórcio 5G Sul, Neko Serviços e Fly Link.
A licitação vendeu a transmissão de 5G em 4 frequências (700 MHz, 2,3 GHz, 3,5 GHz e 26 GHz), que foram separadas em lotes. Estes foram separados por cobertura regional e nacional, já que algumas companhias oferecerão a rede para municípios específicos.
O maior valor arrecadado ficou na faixa de 3,5 GHz nacional, cuja venda rendeu R$ 22,7 bilhões de valor econômico final. O menor ficou com a faixa de 26 GHz, que era considerada a mais difícil de ser vendida, tendo arrecado R$ 3,03 bilhões.
Disponibilidade do 5G
Apesar de ter finalizado o leilão do 5G, a tecnologia ainda deve demorar pelo menos alguns anos para estar à disposição de todos os brasileiros. O edital da Anatel prevê que cidades com mais de 500 mil habitantes devem ter acesso à rede até 2025, por exemplo. As capitais deverão receber a novidade até julho de 2022.
O 5G é uma tecnologia que oferece internet mais rápida e com menor latência, permitindo a evolução de vários serviços que dependem de uma conexão. De acordo com a Anatel, a chegada da novidade no país permitirá um avanço na internet das coisas (IoT), aprendizagem de máquina em tempo real, indústria 4.0 e vai possibilitar melhores serviços no agronegócio.