Após o ataque de um funcionário ao aplicativo de delivery iFood na última terça-feira (2), a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) pede que a empresa arque com o prejuízo dos restaurantes que tiveram seus nomes trocados.
Segundo a empresa de delivery, cerca de 6% dos estabelecimentos registrados no app foram afetados. No lugar dos nomes, os clientes encontravam mensagens pró-governo Bolsonaro, como “Bolsonaro 2022”, e “Petista Comunista” em referência ao ex-presidente Lula. Além disso, também foi possível encontrar mensagens contra a campanha de vacinação.
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“Além dos óbvios prejuízos financeiros (que, esperamos sejam compensados pelo aplicativo) e de imagem para os estabelecimentos, o que chama a atenção é a fragilidade demonstrada”, afirmou a Abrasel, em nota.
A Associação ainda ressaltou a importância de rever os mecanismos de segurança do app. “Fica o alerta: esperamos que os procedimentos de segurança sejam revistos e reforçados não só neste, mas em todos os aplicativos de delivery, para que bares e restaurantes (assim como seus clientes) se sintam seguros em ter seus dados confiados a eles”.
Dados seguros
Em uma série de publicações no Twitter, o iFood deu mais detalhes sobre o caso. Segundo a empresa, o ataque foi realizado por um funcionário terceirizado, que tinha acessos privilegiados na plataforma.
O incidente foi causado por meio da conta de um funcionário de uma empresa prestadora de serviço de atendimento que tinha permissão para ajustar informações cadastrais dos restaurantes na plataforma, e que o fez de forma indevida.
— iFood (@iFood) November 3, 2021
Sobre as informações bancárias dos clientes, a empresa reforçou que não houve nenhum tipo de vazamento. “Os dados de meios de pagamento não são armazenados nos bancos de dados do iFood, ficando gravados apenas nos dispositivos dos próprios usuários, não tendo havido comprometimento de dados de cartões de crédito”, explicou a empresa.
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