Na última semana, o bitcoin disparou e encontrou um novo topo histórico próximo aos US$ 67 mil, após meses de recuperação em meio a incertezas políticas. Agora, enquanto alguns especialistas esperam uma nova fase de alta até os US$ 100 mil, outros analistas apontam que a criptomoeda pode estar perdendo fôlego, apesar de estar próxima de uma nova atualização — um evento relativamente raro, neste caso.
Chamada de Taproot, a próxima adição à rede do bitcoin possibilitará a execução de mais recursos nos Contratos Inteligentes e, além disso, promoverá mais privacidade nas transações por meio das específicas "assinaturas Schnorr". Embora a novidade esteja sendo esperada há algum tempo, já que requer um rigoroso processo de aprovação por consenso, alguns analistas entendem que seu impacto já foi computado no preço da criptomoeda e surtirá pouco efeito no seu dia previsto de estreia (16 de novembro deste ano).
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Bitcoin aguarda na região dos US$ 60 mil até formar um novo topo histórico, além dos US$ 67 mil. (Fonte: TecMundo, Adriano Camacho)Fonte: TecMundo, Adriano Camacho
Caso este cenário ocorra, a implementação da Taproot será amplamente diferente da última grande atualização do bitcoin, ainda em 2017, que impulsionou seu preço em quase 50% no dia de sua estreia. Com a mudança, a rede conseguiu operar com blocos ainda menores, permitindo aumentar sua média de transações. Além disso, a solução de Segunda Camada Lightning Network foi apresentada nesta atualização, possibilitando operações quase instantâneas.
Atualização controversa?
Para o CEO da Bifrost.io, Anton Chaschin, as melhorias relacionadas aos Contratos Inteligentes da atualização podem atrair novos investidores institucionais devido à alta fertilidade para a criação de aplicativos na rede. Por outro lado, porém, os aspectos que visam melhorar a privacidade das transações do bitcoin podem incomodar entidades reguladoras e atrasar o progresso da criptomoeda.
Ele explica: "Já se fala muito em regulamentações, e esta pode ser a gota-d'água que fará os reguladores intervirem de forma agressiva," ponderou Chaschin. Todavia, o cenário econômico parece mais otimista do que nunca para o bitcoin, com novas ETFs sendo aprovadas e a entrada de investidores de diferentes calibres.
Dos males, o menor
Nesse contexto, o CEO da Fintech Broctagon, Don Guo, afirmou: "Este é um momento revolucionário para o bitcoin". Ele comentou também: "Com uma implementação técnica bem-sucedida seguida de uma adoção crescente, não há razão para que o preço não acompanhe".
Além da especulação entre analistas, o bitcoin mantém um preço estável, mas sofreu quedas consideráveis recentemente — na manhã desta quarta-feira (27), a moeda voltou a operar abaixo dos US$ 60 mil. Acompanhando, a principal altcoin Ethereum também desvalorizou, mas segue defendendo a a região dos US$ 4 mil.
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