O Facebook foi criticado formalmente pelo próprio Comitê de Supervisão, um grupo independente de especialistas que deve discutir ações da rede social. A ação acontece durante um momento delicado para a companhia, que pode até mudar de nome durante os próximos dias.
Em um artigo assinado pelos membros do comitê nesta quinta-feira (21), o grupo demanda maior transparência por parte do Facebook para que assuntos relacionados possam ser analisados e decididos por meio de debate.
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Sem transparência
O problema está relacionado em especial ao caso do tratamento diferenciado que certas celebridades recebiam na plataforma, como artistas e políticos. A acusação partiu das denúncias do jornal The Wall Street Journal, foi confirmada pela própria rede e seria posteriormente analisada pelo comitê.
Entretanto, segundo o grupo, a empresa não foi "totalmente colaborativa" no caso, fornecendo informações incompletas, não atendendo a pedidos por mais detalhes e até omitindo certos acontecimentos ou iniciativas que eram relevantes para a avaliação de casos.
O comitê reclama ainda que o programa "Cross-Check" de tratamento diferenciado não foi citado pelo próprio Facebook quando o grupo analisou o possível banimento do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No fim, esse nome só foi citado depois que os especialistas perguntaram especificamente sobre a existência de um recurso do tipo. Trump acabou suspenso nas redes sociais da companhia.
Mais colaboração
No mesmo relatório, o Comitê de Supervisão diz que fez 156 questões ao Facebook no último trimestre, com a empresa respondendo totalmente 130 e parcialmente 12. Já 14 questionamentos foram negados.
Em nota, o Facebook diz que o trabalho do comitê tem gerado impacto e ele continuará solicitado, agora com mais clareza nas explicações. Em junho deste ano, o Facebook abandonou a política de tratamento especial para políticos.
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