Pornhub faz acordo com mulheres vítimas de vídeos não-consensuais

O Pornhub anunciou acordo com as mulheres do caso Girls Do Porn, que processavam a plataforma pela divulgação de vídeos adultos dos quais elas foram obrigadas a participar. Os termos da decisão, firmada na sexta-feira (15), não foram revelados, mas o grupo pedia indenização de US$ 50 milhões, US$ 1 milhão para cada uma das vítimas.

De acordo com o processo, as mulheres acusam a produtora Girls Do Porn de enganá-las. Contratadas para um trabalho supostamente publicitário, elas alegam terem sido intimidadas e coagidas a gravar filmes adultos cuja divulgação ficaria restrita à distribuição por DVD para colecionadores de "países distantes".

Mas, ao contrário do que havia sido combinado, a produtora distribuiu o material ao Pornhub e outros sites de conteúdos adultos. Diante disso, o grupo denunciou a plataforma à justiça dos Estados Unidos, afirmando que a empresa não respondeu às reclamações de fraude e coerção das quais elas teriam sido vítimas.

O FBI acredita que centenas de mulheres tenham sido vítimas da produtora.Fonte:  Pixabay 

A Girls Do Porn integrava programas de parceria da MindGeek, dona do Pornhub, até 2019. Na ocasião, o Departamento de Justiça americano ordenou o fechamento da produtora e denunciou os responsáveis pela empresa por tráfico sexual e outros crimes, obrigando o site a remover todos os vídeos com o selo dela.

Procurado pelo FBI

Depois do fechamento da produtora, alguns dos envolvidos no trabalho foram presos, como o ator e recrutador Ruben Andre Garcia, condenado a 20 anos de prisão por ameaças e falsas promessas de trabalho. Porém, o dono da Girls Do Porn Michael James Pratt, acusado de coagir as mulheres, está foragido.

À procura dele, o FBI aumentou a recompensa por informações sobre o paradeiro de Pratt. Segundo o Departamento Federal de Investigação, pistas que levem à prisão do proprietário da produtora podem render um prêmio de US$ 50 mil (R$ 279 mil, pela cotação do dia).