Voice Commerce: o que é e como aplicar no seu negócio

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"Ok, Google". "Alexa, toque uma música para mim". "Siri, qual a capital da Dinamarca?". Você já deve ter escutado algo semelhante a essas frases nos últimos anos, na internet ou bem ao seu lado. Talvez você mesmo seja adepto dessas ferramentas. Se sim, sabe também que elas são úteis para muito mais do que apenas "matar" curiosidades. Com elas, é possível fazer compras usando apenas a sua voz e sem ligar para ninguém.

O Voice Commerce é o uso de assistentes virtuais para adquirir produtos e serviços sem precisar digitar nada, às vezes nem mesmo olhar para nenhuma tela. É só acionar a IA, fazer seu pedido e aguardar que o item seja entregue no endereço cadastrado. Simples assim. Não é difícil imaginar que uma praticidade dessas ganharia espaço entre os consumidores, certo?

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E, de fato, o Voice Commerce já faz parte da realidade do público. Uma pesquisa da consultoria de data science Ilumeo mostrou que, durante a pandemia, o uso de assistentes de voz saltou para 47% no Brasil. Outro dado interessante é que, para 63% dos entrevistados, falar em voz alta com um sistema operacional é comum, nada tão surpreendente.

Isso significa que a voice experience no Brasil já está consideravelmente consolidada. Por isso, é bem importante que as marcas e empresas de todos os portes e segmentos parem de vê-la como algo do “futuro”. O tempo passa rápido, e essa realmente parecia uma realidade muito recente, mas o futuro já chegou. Não podemos esquecer que a transformação digital da sociedade, provocada pela pandemia em 2020 e 2021, acelerou bastante as evoluções que estavam sendo estudadas anteriormente.

A importância de investir em Voice Commerce está aí: participar da tendência crescente, oferecer uma experiência compatível com o usuário e não ficar para trás no mercado. A questão, agora, é entender como aplicar as tecnologias de comércio por voz no seu negócio.

Veja também: Não há mais e-commerce sem assistentes virtuais

Algumas dicas podem ajudar você a se preparar

Adapte-se tecnicamente

O primeiro passo para fazer parte de uma novidade tecnológica é adaptar seu negócio para comportá-la. Nesse caso, os sites precisam de um Application Programming Interface (API) ou “interface de programação de aplicação”. É uma mudança na programação web para intermediar a comunicação entre o site e o assistente que o cliente usa.

Trabalhe o SEO

Assim como as técnicas de Search Engine Optimization (SEO) são essenciais para que seu site tenha boa visibilidade no Google, o mesmo vale para ser encontrado pelos assistentes de voz. Invista em profissionais capazes de implementar o conjunto de práticas necessárias para isso.

Ajuste a linguagem

As linguagens escrita e oral são bem diferentes entre si. Usar a voz significa priorizar a comunicação oral, retirando alguns vícios comuns do texto escrito e adicionando expressões que funcionam bem quando faladas. Isso deve ser aplicado nas publicações que podem servir como resposta para dúvidas do consumidor, e também nas descrições dos produtos. Aliás, não se esqueça de fornecer muitos detalhes nas descrições.

Essas e outras adequações compõem o lado da empresa de fazer o melhor possível para atender às exigências do cliente e da tecnologia. Ainda assim, é claro que existe outro lado, da ferramenta em si, que ainda precisa (e vai) ser melhorada.

Todos os grandes assistentes de voz estão sendo atualizados constantemente. É preciso acompanhá-los, bem como aos desejos dos usuários. Só não se esqueça de seguir a tendência e, principalmente, a voz.

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André Palis, colunista do TecMundo, trabalhava na Google antes de empreender. Fundou a Raccoon em 2013, em São Carlos, importante polo de tecnologia do Estado de São Paulo e, em 8 anos, adquiriu a carteira de grandes players do mercado, como Vivara, Natura, Leroy Merlin e Nubank. Em 2013, notou um gap no mercado digital, pediu demissão da Google e, ao lado de Marco Túlio Kehdi, fundou a Raccoon, uma agência full service que atua como parceira estratégica em toda a cadeia digital. Em 2021, a Raccoon passou por um processo de fusão e agora faz parte da holding global S4 Capital.

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