As vendas globais de celulares caíram 6% no 3º trimestre de 2021, aponta um recente relatório da Canalys. Publicado nesta sexta-feira (15), o documento cita que a queda está relacionada diretamente com a escassez global de chips.
A pandemia teve um impacto negativo nas cadeias de suprimentos da indústria de tecnologia. Mesmo com as fabricantes tentando suprir a demanda de produtos, a falta de componentes é o maior obstáculo.
Tecnologia, negócios e comportamento sob um olhar crítico.
Assine já o The BRIEF, a newsletter diária que te deixa por dentro de tudo
Com a crise dos chips, os preços dos celulares não devem cair neste Natal.Fonte: Jonas Leupe/Unsplash
Prevendo que a crise deve se estender até o meio de 2022, os especialistas dizem que as marcas estão bem preocupadas com essa questão. Então, a chegada da temporada de compras natalinas torna o problema ainda maior.
“Os fornecedores de chips estão aumentando os preços para desestimular o excesso de pedidos. Essa é uma tentativa de preencher o espaço entre a oferta e a demanda”, disse Ben Stanton, analista principal da Canalys.
Embora fabriquem os próprios chipsets para os seus dispositivos, as líderes Samsung e Apple também estão sentindo o impacto da falta de componentes. Um exemplo disso é a possibilidade da Maçã reduzir a produção do iPhone 13.
Diante desse cenário, o analista acredita que os consumidores não encontrarão aparelhos com grandes descontos neste fim de ano. Segundo as estimativas, dificilmente as marcas vão reduzir os preços, visto que os custos de fabricação continuam subindo.
Quadro com a participação das marcas no 3º trimestre de 2021.Fonte: Canalys/Divulgação
Mercado de smartphones no 3º trimestre
O relatório da Canalys também revelou dados do mercado global de celulares no 3º trimestre de 2021. Comparado ao ano anterior, as três principais marcas continuam ocupando as mesmas posições.
Enquanto a Samsung manteve os 23% do market share, a Apple cresceu 3 pontos percentuais e atingiu 15% de participação. Repetindo o resultado de 2020, a Xiaomi continuou com 14% da fatia do setor de smartphones.
Fontes