Na última sexta-feira (1), a Apple aceitou um acordo proposto e encerrou uma ação coletiva que já durava, pelo menos, quase cinco anos. O episódio refere-se à suposta propaganda enganosa promovida no serviço AppleCare pela empresa, que pagará agora US$ 95 milhões para pôr um fim no caso.
Mais especificamente, os demandantes afirmaram que os anúncios do AppleCare não correspondem aos serviços prestados, já que estabelecem que caso um iPhone ou iPad seja submetido a danos acidentais, ele será elegível para substituição ou reparo. Porém, no caso da troca integral, o regulamento descreve que o produto entregue deve ser "equivalente a novo em desempenho e confiabilidade" — algo que não estaria sendo cumprido pela Maçã.
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Segundo demandantes, o serviço AppleCare teria lesado clientes da Apple com propaganda enganosa. (Fonte: Business Insider / Reprodução)Fonte: Business Insider
Segundo as acusações, a Apple teria enviado aparelhos com componentes recondicionados, que supostamente não seriam confiáveis e resultaram em problemas. Porém, os advogados da empresa rebateram ao afirmar que os demandantes não conseguiram provar que os problemas relatados foram causados pelas peças substituídas e que o regulamento não exige um hardware novo, mas "equivalente a novo".
Apesar dos argumentos, a Maçã aceitou o acordo e indenizará os demandantes em até US$ 68,1 milhões, excluindo os gastos com advogados — quantia equivalente a cerca de R$ 371 milhões, em conversão direta. O valor será dividido igualmente entre os indivíduos do coletivo, conforme o número de dispositivos substituídos desde o dia 20 de julho de 2012 até 30 de setembro deste ano, através do AppleCare.