A chinesa Huawei anunciou que a receita do setor de celulares cairá em pelo menos US$ 30 bilhões (cerca de R$ 159 bilhões) em 2021. Visando compensar a perda, a companhia pretende investir em novas fontes de crescimento nos próximos anos.
Durante a coletiva realizada em Pequim nesta sexta-feira (24), o presidente Eric Xu disse que a empresa está “se acostumando” com as sanções impostas pelos EUA. Entretanto, os novos negócios relacionados ao 5G não superam os recentes prejuízos.
Sanções dos EUA tiveram grande impacto na produção de celulares da Huawei.Fonte: Alex Escu/Unsplash/Reprodução
Desde 2019, a Huawei está impedida de importar materiais de tecnologia dos EUA. A restrição, imposta pelo ex-presidente americano Donald Trump, afetou o poder da empresa de projetar os próprios chips e fornecer componentes para outras marcas.
Assim, as sanções atingiram duramente a fabricação de smartphones. Anteriormente conhecida como uma das maiores fornecedoras de celulares do mundo, a fabricante deixou o ranking das cinco maiores marcas mais vendidas da China no 2º trimestre de 2021.
Para mais, a Huawei encerrou o 1º semestre de 2021 com uma queda de 29,4% da receita em comparação ao mesmo período do ano passado. No geral, a arrecadação caiu de 320,4 bilhões yuans contra os 454 bilhões de yuans do ano anterior.
Atualmente, a Huawei busca oferecer tecnologias de infraestrutura para aeroportos.Fonte: ChutterSnap/Unsplash/Reprodução
Esperança em novas áreas
Segundo Eric Xu, os esforços da China para desenvolver a indústria de semicondutores mostraram resultados bastante encorajadores. No entanto, a Huawei levará muito tempo para vencer novamente os desafios da cadeia de suprimentos.
Com o governo Biden demonstrando pouco interesse em retirar as sanções, a empresa busca outras áreas para o crescimento. Além do fornecimento da tecnologia 5G, a marca está oferecendo atualizações de infraestrutura baseada em IA para aeroportos.
A Huawei também está explorando investimento em setores não relacionados à tecnologia. Com isso, o executivo revela que a sua “maior esperança” é que a companhia ainda continue a existir em 5 a 10 anos.
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