No último mês de agosto, a rede Ethereum finalmente completou a atualização "London", responsável por apresentar melhorias e o tão esperado mecanismo de "queima de taxas" (EIP-1559). Desde então, a medida deflacionária descartou aproximadamente 300 mil ethers (ETH), equivalentes a cerca de US$ 1,09 bilhão, ou R$ 5,47 bilhões em conversão direta — praticamente triplicando o último recorde em apenas 18 dias.
Parte da alta no índice de queimas pode ser explicada pelo aumento na demanda da própria rede Ethereum, que enfrenta uma nova temporada de emissão de tokens não fungíveis — os controversos NFTs. Com cerca de 1,2 milhões de transações diárias, a criptomoeda também vê um crescimento das taxas cobradas como incentivo para os mineradores, bem como seu eventual descarte.
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Neste contexto, a medida se mostra eficaz no combate à inflação e ao congestionamento da rede. Para exemplificar, basta conferir a emissão líquida de ethers: na última quarta-feira (15), os mineradores produziram cerca 7,28 mil unidades da criptomoeda, enquanto outras 6,23 mil foram queimadas no mesmo período. Simplificando, em outras palavras, sugere-se que quanto menor for a oferta do ativo, maior será seu valor no futuro, caso sua demanda também continue crescendo.
Atualmente, o ETH é negociado acima do piso de US$ 3.500, onde se consolida antes de desafiar a barreira dos US$ 4.000 novamente. Considerada a representante das criptomoedas alternativas ao Bitcoin, a rede agora busca se tornar mais sustentável em relação ao meio-ambiente com a atualização "Ethereum 2.0", eliminando uma das principais críticas contra sua valorização. Contudo, a novidade ainda é uma promessa para o próximo ano.
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