A Apple decidiu encerrar em definitivo o contrato da engenheira sênior de programação Ashley Gjøvik. A funcionária estava em licença administrativa forçada após fazer uma série de denúncias envolvendo a empresa.
Nos últimos meses, Gjøvik foi uma das vozes mais ativas na imprensa especializada ao denunciar casos de abuso, assédio, vigilância e até maus tratos aos funcionários.
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Ao site The Verge, ela relata ser sido criticada e ameaçada internamente pelas ações, mas disse imaginar que esse poderia ser o desfecho da história. A executiva ainda diz que a marca sempre foi a sua favorita desde jovem, e trabalhar no local era um sonho de vida.
Any bets if I get a literal knock on my physical door from #Apple today? pic.twitter.com/oFqw4VFaGi
— Ashley M. Gjøvik (@ashleygjovik) September 9, 2021
Segundo o aviso oficial da Maçã enviado para a agora ex-funcionária, a demissão foi ocasionada pelo compartilhamento irregular informações sigilosas. Consultada, a empresa comunicou que não comenta casos particulares de colaboradores e leva a sério investigações sobre denúncias do tipo.
Vários problemas
As primeiras acusações de Gjøvik envolveram o local do seu escritório: uma construção recente que poderia ser arriscada para funcionários, por conter resíduos de contaminação por lixo tóxico. Além disso, ela também revelou que a Apple mantém uma política rígida de vigilância, inclusive tendo acesso ao conteúdo dos smartphones de funcionários.
Gjøvik também detalhou casos de assédio e abuso por parte de superiores ou colegas de trabalho. Por causa dessas acusações, feitas em agosto de 2021, ela foi colocada em licença administrativa por tempo indeterminado.
Como resultado da falta de ação, ela registrou uma reclamação no NLRB, um órgão independente do governo que investiga relações de trabalho nos Estados Unidos. A denúncia foi aceita junto com uma campanha parecida, o #AppleToo, e agora a companhia pode ter que responder oficialmente pelos casos.
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