Parece que a primeira experiência “ecológica” de criptomineração não decolou. Lançada em maio passado pelo programador Bram Cohen (criador do protocolo BitTorrent), a Chia Coin ficou mundialmente conhecida por não utilizar GPUs para processar e validar transações, substituindo-as pelo espaço livre existente em unidades de armazenamento, tanto HDDs como SSDs.
Porém, após o seu boom inicial, a moeda digital caiu para menos de 15% do seu valor de pico inicial, levando os mineradores a dar preferência para outras plataformas. Com isso, afirma o site vietnamita VnExpress, esses donos de “fazendas de mineração” passaram a descartar revender os dispositivos de armazenamento usados, mas oferecendo as peças como novas.
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Administrador de um grupo do Facebook com mais de 5 mil comerciantes de Chia, o usuário Hoang Trung percebeu um “tsunami” de ofertas de HDDs e SDDs a preços baixos e explicou ao VnExpress que “a flutuação dos preços da Chia fez com que os investidores vendessem seu hardware com prejuízo”.
A (breve) história da Chia Coin
Fonte: Andrey Zhuravlev/iStock/ReproduçãoFonte: Andrey Zhuravlev/iStock
A ideia da possibilidade de uma criptomineração verde chamou a atenção das mídias mundiais do mundo inteiro. A nova técnica de mineração Prova de Espaço (PoS) é baseada na quantidade de armazenamento no disco rígido dedicado, em vez da tradicional Prova de Trabalho (PoW) usada pelas criptomoedas em geral, como o Bitcoin.
Porém, como acontece como qualquer tipo de mineração, os usuários partiram em massa para a compra de enormes quantidades de hardware de armazenamento para plotagem de Chia, causando o desabastecimento imediato de SSDs e HDDs. Porém, após chegar a um valor de US$ 1,7 mil (R$ 8,8 mil), a cripto recuou, em três meses, para os atuais US$ 220 (R$ 1,1 mil). Com isso, alguns mineradores estão saindo do negócio.
Na época do anúncio da Chia, o preço de um HDD de 6 TB saltou para US$ 286 (R$ 1,5 mil), valor mais de 60% acima do sugerido pelo fabricante. Hoje, esse preço voltou para os US$ 110 (R$ 570) originais.
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