A campanha #AppleToo, criada por profissionais da empresa para reunir denúncias de assédio e más condições no ambiente de trabalho, já reuniu quase 500 depoimentos, indica a organização do movimento — que promete torná-los públicos a partir desta segunda-feira (30).
"Há centenas de histórias de racismo, sexismo, discriminação, retaliação, bullying e outras formas de assédio, incluindo sexual, protagonizadas por colegas das vítimas fora das instalações da companhia e ignoradas pelo setor de recursos humanos", destaca a equipe responsável pela iniciativa em publicação no Twitter desta sexta-feira (27).
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So far, we've received nearly 500 responses, and hundreds of stories of racism, sexism, discrimination, retaliation, bullying, sexual and other forms of harassment, and sexual assault that happened at the hands of a colleague off of campus.
— Apple Workers #AppleToo (@AppleLaborers) August 27, 2021
The main thread? Being ignored by HR.
O próximo passo, complementa, é auxiliar alvos de ações danosas a reportarem o que passaram a organizações trabalhistas externas.
Isolamento, degradação e manipulação
De acordo com o The Verge, há pelo menos 16 profissionais à frente do #AppleToo – sendo que uma dessas pessoas já não faz mais parte do quadro da big tech. O grupo alega que a cultura do sigilo protege a gigante de uma análise pública transparente, pois situações degradantes enfrentadas por grupos historicamente marginalizados em suas instalações não são compartilhadas.
Os denunciantes avisam: "Quando exigimos [da Apple] responsabilização e reparação por injustiças persistentes que testemunhamos ou vivenciamos em nosso local de trabalho, nos deparamos com um padrão de isolamento, degradação e manipulação. Isso acaba agora."
Até o momento, a Apple não comentou oficialmente sobre o assunto.