Um relatório elaborado conjuntamente por três empresas de investimento e consultoria focadas em startups de cibersegurança revelou que, durante o primeiro semestre de 2021, investidores injetaram US$ 11,5 bilhões (R$ 60 bilhões) em capital de risco (VC, na sigla em inglês) direcionado para empresas emergentes na indústria de proteção, segurança e privacidade de dados.
Isso significa, segundo os analistas da AllegisCyber Capital, Momentum Cyber e NightDragon, mais do que o dobro do investido no mesmo período no ano passado (US$ 11,5 bilhões). Em relação ao número de fusões e aquisições (M&A) no setor, os valores mais que quadruplicaram, saltando de US$ 9,8 bilhões em 93 aquisições em 2020, para US$ 39,5 bilhões (R$ 207 bilhões) em 163 transações ocorridas até o final de junho passado.
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Essa "fúria" negocial em cibersegurança reflete o incremento de crimes cibernéticos verificado durante a pandemia. Segundo a empresa de consultoria e inteligência de mercado Mordor Intelligence, esses crimes custaram ao mundo cerca de US$ 600 bilhões (R$ 3,1 trilhões), o que equivale a cerca de 0,8% do PIB global. Já a probabilidade de detectar e processar esses criminosos nos EUA é de ínfimos 0,05%, segundo o Fórum Econômico Mundial.
Os principais investimentos em cibersegurança no 1º semestre de 2021
A Proofpoint foi vendida por US$ 12,3 bilhões (Fonte: Raysonho/Wikipédia/Reprodução.)Fonte: Raysonho/Wikipédia
De um total de 430 investimentos realizados em startups de segurança cibernética durante o primeiro semestre de 2021, 36 deles foram maiores do que US$ 100 milhões (R$ 523 milhões). No setor de fusões e aquisições, os valores também impressionam, com nove negócios acima de US$ 1 bilhão (R$ 5,2 bilhões).
Somente a aquisição da empresa de proteção de emails californiana Proofpoint pelo grupo de private equity Thoma Bravo foi a US$ 12,3 bilhões (R$ 64,3 bilhões). Também no primeiro semestre foram concluídas a aquisição da plataforma de autorização/autenticação Auth0 pela empresa de gestão de acesso Okta (por US$ 6,4 bilhões) e a venda da histórica McAfee para o fundo norte-americano STG (por US$ 4 bilhões).
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