Um homem que teve 36 bitcoins confiscados em 2019, após ser condenado por tráfico de drogas na Suécia, conseguiu receber 33 bitcoins de volta, o equivalente a US$ 1,6 milhão (ou R$ 8,4 milhões pela cotação de hoje). De acordo com o The Telegraph, um erro cometido pela promotora do caso causará o desfalque nos cofres públicos.
Quando condenado, há 2 anos, o traficante não identificado teve o dinheiro da venda de drogas pela internet apreendido. Na época, os 36 bitcoins em sua posse equivaliam a US$ 137 mil, que foi o valor determinado pela promotora Tove Kullberg a ser confiscado.
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Porém, a cotação do bitcoin disparou enquanto a Autoridade de Execução da Suécia organizava o leilão da criptomoeda. No momento em que o órgão realizou o certame, foi necessário vender apenas 3 bitcoins para cobrir a quantia registrada como lucro do tráfico no momento da prisão.
O julgamento foi o primeiro envolvendo criptomoedas na Suécia.Fonte: Pixabay
O governo sueco estava pronto para vender o restante do valor apreendido após a oferta inicial, mas o condenado recorreu à justiça, afirmando que o Estado tinha direito somente aos 3 bitcoins leiloados, e ganhou a ação, tendo direito a receber o saldo restante apesar da origem ilícita.
Lição aprendida
A promotora assumiu o erro durante entrevista a uma emissora de rádio sueca, dizendo que o caso foi o primeiro do país envolvendo criptomoedas, por isso não havia precedentes legais a examinar. “Isso levou a consequências que não pude prever na época”, justificou Kullberg.
De acordo com ela, as autoridades precisam melhorar o conhecimento em relação às moedas digitais, pois elas estão cada vez mais sendo usadas em ações criminosas. “Quanto mais aumentamos o nível de conhecimento dentro da organização, menos erros cometemos”, explicou.
Ela finalizou dizendo que o correto seria manter o valor do lucro do crime em bitcoins em vez de realizar a conversão para a moeda corrente.
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