Dois dias após o "maior assalto cripto da história", os cibercriminosos responsáveis por desviar mais de US$ 600 milhões (ou R$ 3 bilhões, em conversão direta de moeda) da plataforma de finanças Poly Network seguem devolvendo parcialmente o dinheiro aos responsáveis.
Segundo a própria empresa de transações, US$ 342 milhões em criptomoedas foram devolvidos de forma voluntária pelos responsáveis pelo roubo. O grupo que orquestrou o crime não foi preso até o momento e ainda restam cerca de US$ 268 milhões em Ethereum nas mãos dos hackers.
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Arrependidos ou tudo parte do plano?
Analistas consultados pela agência de notícias Reuters alegam que a devolução do valor é compreensível. Segundo especialistas, fazer a lavagem de criptomoedas em quantias tão absurdas e levando em conta a transparência das transações poderia facilitar a identificação da movimentação do dinheiro do roubo. Pela dificuldade do processo, os responsáveis teriam optado por desistir ao menos de parte do valor.
Outra hipótese aponta que a devolução do dinheiro começou após a descoberta de alguns dados de um dos hackers do grupo. De acordo com informações da companhia de segurança Slowmist, o criminoso teria deixado "pegadas digitais" que permitiram a identificação de e-mail e IP.
Entretanto, um suposto documento com perguntas e respostas escrito pelo próprio invasor sobre a operação traz outra teoria. Segundo o texto, a ideia sempre foi devolver o valor após o roubo, já que o objetivo era apenas mostrar as vulnerabilidades graves na plataforma de finanças.
The $600 million Poly Network hacker has published part one of a "Q&A":#polynetworkhack pic.twitter.com/3y1JQnHe50
— Tom Robinson (@tomrobin) August 11, 2021
A separação entre as transferências é apenas para que o responsável entre em contato com a Poly Network sem ter a identidade descoberta.
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