Um grupo de congressistas norte-americanos solicitou ao Departamento do Comércio dos Estados Unidos que adicione a fabricante chinesa Honor à lista de empresas "banidas" de negociações e utilização de tecnologias do país.
A lista tem como principal nome a Huawei, que era dona da Honor até novembro de 2020. As companhias proibidas são acusadas de espionagem industrial e política, utilizando contatos e equipamentos para repassar informações ou coletar dados supostamente enviados ao governo chinês.
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Entretanto, a submarca foi comercializada para aliviar as contas da fabricante e reduzir o foco em dispositivos móveis — uma consequência direta das sanções políticas aplicadas pela administração de Donald Trump e mantidas pelo atual presidente, Joe Biden.
Qual o problema?
Segundo a agência de notícias Reuters, o documento é liderado por Michael McCaul, um Republicano que defende que a venda foi somente uma forma de "escapar das políticas de controle de exportação que mantêm tecnologias e softwares dos EUA fora das mãos do Partido Comunista Chinês".
Desse modo, a venda da Honor teria sido apenas uma tentativa de burlar o bloqueio e voltar a ter acesso às tecnologias de semicondutores que deveriam estar bloqueados. A empresa até voltou a lançar smartphones com o Android completo como sistema operacional, em vez da versão limitada e de código aberto da Huawei.
Em resposta, um representante do Departamento do Comércio explicou que o órgão está sempre revisando as regras e novos possíveis integrantes, mas não acatou diretamente o pedido. Meses atrás, o oposto aconteceu: a Xiaomi foi denunciada como possível colaboradora militar do Partido Comunista Chinês, mas o banimento foi revertido.
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