Novo Ethereum consumirá menos energia, mas preocupa mineradores

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Uma contagem regressiva no site oficial indica que, nesta quinta-feira (5), a plataforma da criptomoeda Ethereum receberá uma atualização que promete a redução do consumo de energia – mas o movimento preocupa mineradores, uma vez que ação implicará na diminuição dos lucros. Ainda assim, investidores estão empolgados com a novidade, pois o preço das unidades tenderá a subir.

Chamada de Ethereum Improvement Protocol 1559, EIP-1559 ou, popularmente, de "London hard fork", o objetivo da implementação é assegurar taxas de transação mais previsíveis.

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Atualmente, os lances ocorrem entre usuários, com a taxa, variável de acordo com as disputas em andamento, dedicada totalmente a mineradores que validem transações. A partir do lançamento do novo protocolo, um algoritmo determinará a taxa de transação básica baseada no tráfego, exibida antecipadamente — oferecendo mais tempo às pessoas para que processem seus negócios.

Criptomoeda passará por mudanças substanciais.Criptomoeda passará por mudanças substanciais.Fonte:  Reprodução/Ethereum 

Acontece que mineradores, neste cenário, não receberão os valores relacionados às mencionadas taxas, perdendo grande parte de suas fontes de rendimentos. A mudança também reduz a necessidade de computadores potentes, o que deve inutilizar os potentes e caros "rigs de mineração" de muitos adeptos do Ethereum.

"Embora não haja coisa alguma que impeça os mineradores de se tornarem validadores, um pequeno problema reside no fato de que muitos deles terão equipamentos caros que agora não servem para nada", destaca o Coinmarketcap. De todo modo, é possível recompensá-los por transações urgentes — ficando a cargo de investidores optarem por isso, salienta o Coindesk.

Minerar Ethereum pode não ser mais tão interessante.Minerar Ethereum pode não ser mais tão interessante.Fonte:  Reprodução/Cryptoglobal 

Limitando fornecimento

Falando do consumo de energia, as mudanças a serem ativadas reduzirão o poder de computação exigido pela mineração em até 99%, e isso incentivará a construção de novas plataformas Ethereum.

Além disso, cada transação retirará parte do suprimento no mercado e a dedicará a uma carteira inacessível. A limitação de ofertas, então, gerará mais demanda e consequente valorização.

“Uma razão para o prêmio relativo do Bitcoin é seu fornecimento fixo [limitado a 21 milhões de moedas], potencialmente tornando-o mais adequado como um ativo para se armazenar valor a longo prazo do que um com fornecimento infinito [caso do Ethereum]. Com EIP-1559, a companhia está dando o primeiro passo para reduzir a emissão, com pico de fornecimento projetado para fevereiro de 2022", explicou Lucas Outomuro, chefe de pesquisa da Into the Block, no Twitter.

Por fim, cálculos se tornarão tão difíceis que, em algum momento, validações autônomas, fora dos algoritmos, se tornarão inviáveis — desencorajando, então, a mineração constante, que não trará mais o retorno esperado.

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