A Comissão Nacional de Luxemburgo para a Proteção de Dados (CNPD) impôs uma multa recorde à Amazon por suposta violação ao Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia. Revelada nesta sexta-feira (30), a decisão envolve o pagamento de 746 milhões de euros (mais de R$ 4,54 bilhões, em conversão direta).
Dentre as exigências da GDPR, direcionadas às empresas que atuam em países integrantes do bloco econômico, está a necessidade de companhias buscarem consentimento expresso de pessoas que utilizam suas soluções quanto ao uso de dados pessoais e sensíveis fornecidos — e a gigante do varejo não teria, segundo o processo, atendido ao pré-requisito.
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De acordo com um representante da Amazon, afirma a Reuters, a acusada vai recorrer, pois acredita que o veredito é improcedente.
União Europeia divulgou decisão nesta sexta (30).Fonte: Reprodução/EU
Alvos gigantes
Escândalos de privacidade protagonizados por big techs são motivadores para abordagens mais agressivas de órgãos regulatórios, como o mais recente movimento da CNPD, que preferiu não comentar o caso.
O Google, por exemplo, desde 2018, luta nos tribunais contra uma sanção de 500 milhões de euros (mais de R$ 3 bilhões) por não negociar licenciamento de conteúdos com publishers francesas.
Facebook, Apple e Microsoft também estão na mira de organizações em diversas partes do globo — e a tendência é de que o cerco comece a se fechar ainda mais.
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