O Japão é conhecido pelo pioneirismo na implantação de diversas tecnologias e os Jogos de Olímpicos de Tóquio são uma ótima oportunidade para o país mostrar o seu desenvolvimento. No entanto, uma série de polêmicas e gafes na preparação do evento esportivo de um político veterano arranharam a imagem da terra do sol nascente.
Yoshitaka Sakurada, hoje sumido da cena política, assumiu o Ministério da Cibersegurança e também foi nomeado pelas Olimpíadas e Paraolimpíadas em outubro de 2018. Um mês depois, após ser questionado por parlamentares, deu a entender que nunca utilizou um computador em sua vida. Se necessário, “eu ordeno aos meus funcionários ou secretárias”, afirmou.
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O ex-ministro também demonstrou não ter conhecimento básico de informática. Quando questionado sobre o risco à segurança do uso de dispositivos USB em usinas nucleares, o político afirmou desconhecer os detalhes e, ainda, emendou: “Então, que tal ter um especialista respondendo à sua pergunta, se necessário, que tal?”.
Passagem curta pelos Jogos Olímpicos
Com final de carreira marcada por polêmicas, Yoshitaka Sakurada desapareceu da cena política japonesa. (Fonte: Phys/Reprodução)Fonte: Phys/Reprodução
Com uma atuação marcada por gafes e falas desconcertantes, o tempo em que Sakurada passou à frente dos Jogos Olímpicos de Tóquio foi bem curto. Em abril de 2019, apenas 6 meses após assumir o cargo, o então ministro olímpico renunciou após dar declarações consideradas ofensivas contra vítimas do terremoto de Fukushima em 2011.
O histórico de gafes do ex-ministro é extenso. Uma das mais emblemáticas ocorreu quando Rikako Ikee, um atleta com chances de conseguir uma medalha para o Japão na natação, desistiu de competir após o diagnóstico de uma leucemia. Sakurada se declarou como “muito desapontado” com a decisão. O ato foi considerado insensível e o político teve de pedir desculpas.
Histórico polêmico
Mas se engana quem acha que as controvérsias em torno do ex-ministro começaram quando ele assumiu postos de alto escalão no governo japonês. Em 2016, quando era apenas deputado, ele se referiu a mulheres coreanas que eram sequestradas e obrigadas a manter relações sexuais com militares japoneses na II Guerra Mundial como “prostitutas profissionais”.
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