Em coletiva nesta terça-feira (20), o chefe do comitê organizador da Olimpíada de Tóquio, Toshiro Muto, não descartou o cancelamento de última hora dos Jogos. A possibilidade surge em meio ao aumento na quantidade de testes positivos de covid-19 entre os atletas.
“Concordamos que, com base na situação do coronavírus, convocaremos as negociações de cinco partes novamente. Neste ponto, os casos de coronavírus podem aumentar ou diminuir, então vamos pensar sobre o que devemos fazer quando a situação surgir”, comentou Muto.
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O Japão registrou 67 casos de infectados entre credenciados desde o dia 1º de julho, quando atletas, autoridades e demais envolvidos nas competições começaram a chegar ao país. A alta também tem acontecido entre a população da capital japonesa, com 1.387 novos testes positivos nas últimas 24 horas, segundo a Reuters.
Toshiro Muto durante a coletiva em Tóquio.Fonte: Reuters/Reprodução
Há alguns dias, a organização dos Jogos Olímpicos tomou uma medida mais drástica para tentar evitar a disseminação do Sars-CoV-2 e manter a realização da disputa. O comitê decidiu realizar as Olimpíadas sem público na maioria dos locais, como forma de minimizar os riscos à saúde.
População é contra a realização dos Jogos
Programada originalmente para julho e agosto de 2020, a Olimpíada de Tóquio foi adiada em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Diante dos perigos causados pela doença, a maior parte dos japoneses defende um novo adiamento ou até mesmo o cancelamento da competição.
Uma pesquisa recente do jornal Asahi Shimbun mostra que 55% dos entrevistados se opõem à realização dos Jogos, número que era de 43% em maio, quando 40% queriam a competição em outro momento. Os resultados apontaram ainda que 68% dos japoneses estão em dúvida sobre a capacidade dos organizadores em controlar as infecções.
Com a vacinação lenta em comparação com outras nações desenvolvidas, o Japão tem até o momento mais de 840 mil casos confirmados e mais de 15 mil mortes por covid-19.
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