Elon Musk participou de um julgamento na cidade de Wilmington (Delaware), nos Estados Unidos, nessa segunda-feira (12), para defender a aquisição da SolarCity pela Tesla. O negócio, realizado em 2016, é questionado pelos acionistas da montadora, que querem de volta os US$ 2,6 bilhões pagos no acordo.
O depoimento marcou o início de um julgamento previsto para durar duas semanas no tribunal da Chancelaria de Delaware. Em sua participação, o bilionário negou que a compra da fabricante de painéis solares, fundada por seus primos, tenha sido um resgate financeiro do negócio, que estava prestes a falir.
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“Como era uma transação de ação por ação e eu possuía quase exatamente a mesma porcentagem de ambas, não houve ganho financeiro”, defendeu-se Musk. O empresário também disse que não pressionou o conselho da startup de carros elétricos para fechar o negócio nem controlou a nomeação, destituição ou remuneração de diretores.
A empresa de energia solar foi comprada em 2016 pela Tesla.Fonte: Pixabay
Segundo o empresário, a compra da SolarCity fazia parte do seu “plano mestre”, elaborado em 2006. No projeto de remodelação do transporte pelo uso de energia sustentável, o acordo era essencial para garantir o abastecimento de uma frota de veículos eletrificados e autônomos.
Influência pode custar caro
Movido por acionistas da Tesla, o processo acusa o executivo de usar sua influência para forçar a aquisição da SolarCity. Questionado, Musk afirmou ter uma boa relação com os diretores, mas o tribunal buscará provas de ameaças a conselheiros ou de que eles se sentiram com medo de questioná-lo.
Caso fique comprovado que o bilionário enganou os acionistas ou pressionou o conselho, ele pode ser condenado a reembolsar os US$ 2,6 bilhões gastos. Mas também existe a chance de que o tribunal imponha o pagamento de um valor reduzido.
Responsável pelo caso, o juiz Joseph Slights pode demorar alguns meses para emitir uma decisão, segundo a imprensa norte-americana.
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