Na última segunda-feira (12), a população cubana acordou sem sinal e com redes sociais como WhatsApp, Facebook, Instagram e Telegram funcionando com muita instabilidade. Após as manifestações realizadas domingo em Havana, que reuniu milhares de pessoas nas ruas, o governo decidiu cortar a internet. O objetivo é impedir que os manifestantes troquem informações e se organizem para uma nova manifestação.
Segundo a NetBlocks, organização que monitora a internet livre ao redor do mundo, quase 50 pontos do país ficaram com a conexão suspensa hoje. Além disso, a Associated Press também notificou cortes de energia em Havana e cidades próximas.
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O líder do regime cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou que as pessoas não podem acreditar nos "youtubers contrários ao sistema adotado no país". Segundo ele, a mudança de regime trará um sistema que não terá preocupação com o bem-estar da população.
Díaz-Canel ainda afirmou que os atos foram pensados por delinquentes que "manipulam as emoções da população por meio das redes sociais".
Falta de alimentos e vacinas
A manifestação foi a maior desde os anos 90 e foi organizada nas redes sociais para protestar contra a falta de alimentos e de vacinas contra a covid-19. Em pronunciamento, o governo culpou as 200 novas sanções dos Estados Unidos contra Cuba, que foram impostas por Trump e mantidas por Biden. “Se quer que o povo fique melhor, levante primeiro o bloqueio estadunidense imposto desde 1962", disse Díaz-Canel.
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