Na última quinta-feira (8), o Departamento de Justiça dos Estados Unidos assegurou que não vai torturar o ciberativista Julian Assange caso ele seja extraditado de volta ao país. A promessa aconteceu durante um tribunal realizado no Reino Unido, onde Assange está preso desde 2019.
No início do ano passado, a Justiça do Reino Unido negou a extradição do ativista, com a justificativa de que havia o risco de suicídio do réu. Isso porque, em 2019, foi encontrado uma lâmina de barbear escondida em sua cela.
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Segundo Vanessa Baraitser, juíza responsável pelo processo de extradição, caso fosse enviado aos Estados Unidos, Assange seria confinado em cela solitária por 23 horas por dia até a data da audiência final. Ainda que seja uma prática comum nas Américas, a medida é considerada uma forma de tortura e, por isso, é ilegal em países desenvolvidos.
Para conseguir a extradição, os Estados Unidos prometeram que Assange poderá cumprir a pena na Austrália, país natal do réu. No entanto, o Departamento de Justiça dos EUA afirmou que poderiam voltar atrás na decisão se Assange “cometesse uma infração subsequente à oferta das garantias”.
Procurado
Assange é o fundador do portal WikiLeaks, plataforma que publica documentos e informações confidenciais. O site ficou conhecido em 2010 após divulgar um vídeo de soldados norte-americanos executando 18 civis no Iraque.
Em 2012, Assange pediu asilo político para a embaixada equatoriana em Londres e foi preso pela polícia britânica depois de sete anos.
Fontes