Um vídeo feito no aplicativo Cameo, que vende mensagens gravadas por celebridades para os seus usuários, está bombando no YouTube. Nele, o cofundador da Apple, Steve Wozniak, defende por quase 10 minutos o direito de fazer consertos, além de destacar como esse hábito afetou a sua vida.
Provocado por um pedido de Louis Rossmann, um consumidor americano famoso por sua luta pela aprovação do “direito de consertar”, Wozniak a princípio disse estar muito ocupado para se envolver com o movimento, mas disse que os consumidores têm direito não só aos manuais de seus produtos, como também a peças de reposição.
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Questionado pelo fato de a Apple ser uma das empresas mais restritivas sobre consertos feitos fora da rede autorizada, o colega de Steve Jobs foi enfático: “Jamais teríamos uma Apple se eu não tivesse crescido em um mundo de tecnologia muito aberta", lembrando-se do tempo em que, ao comprar eletrônicos, as pessoas recebiam a descrição dos circuitos. "Código aberto total", resumiu Wozniak.
As gambiarras da Apple
Fonte: Sal Veder/AP/ReproduçãoFonte: Sal Veder/AP
Lembrando-se do tempo em que ele, Jobs e Ronald Wayne começaram a Apple, Wozniak diz que não tinha dinheiro nem para comprar um teletipo de entrada e saída. Para emitir sinais, o engenheiro usava um televisor comum. E reconheceu: “Tudo isso veio do fato de conseguir consertar coisas, modificá-las e manuseá-las”.
Falando especificamente sobre a comunidade que defende uma legislação que proteja o "direito de consertar", Wozniak afirma que a iniciativa não pode ser interrompida. O engenheiro cita o exemplo do computador Apple II, que foi vendido aos consumidores com hardware mais aberto e teve seis milhões de unidades comercializadas.
Finalizando, o primeiro engenheiro e programador da Apple disse que as empresas querem proibir esse direito para ter mais poder e controle sobre tudo. E fez uma indagação: "O computador é seu? Ou é dos fabricantes?".
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