Entidades do setor nacional de telefonia que trabalham com as operadores de pequeno porte criticaram o andamento da aquisição da divisão móvel da Oi por um consórcio entre as concorrentes Vivo, Claro e TIM.
Representantes do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), das Novas Operadoras de Pequeno Porte (Associação NEO) e da TelComp fizeram um workshop nesta terça-feira (6) para expor um ponto de vista alternativo sobre o caso. Segundo as instituições, há uma tentativa de forçar uma história que simplesmente não é verdade.
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"Existe uma preocupação do mercado financeiro, sim, mas há uma narrativa falsa de que as empresas estão salvando a pátria, pois isso traz efeitos perversos, que tentamos mostrar. Você não pode vender os ativos sob qualquer condição", afirmou o presidente da TelComp, Luiz Henrique Barbosa, ao site MobileTime.
O que está acontecendo?
O argumento das entidades é de que a Oi, que entrou em recuperação judicial em 2016, estava em um processo bem conduzido de reestruturação — especialmente após a comercialização de outros setores, como data centers e torres. Isso teria aliviado o suficiente as contas da companhia por um tempo, tirando a necessidade imediata de venda do setor de telefonia móvel.
Dessa forma, a narrativa é de que a Oi precisava ser "salva", o que seria apenas uma desculpa aceita até mesmo pelo Estado, alegam as instituições.
Com a aquisição e divisão da base de clientes entre o trio, que foi oficializada em dezembro de 2020, há um risco de concentração do mercado móvel e menos espaço ainda para operadoras de menor porte, além de limitações na estrutura para essas empresas. Em abril deste ano, as novas donas da divisão garantiram que isso não vai acontecer.
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