Uma pesquisa informal realizada em junho por canal corporativo no Slack indica que funcionários e funcionárias da Apple temem pelo futuro profissional de colegas na big tech. O levantamento buscou entender as expectativas quanto à proposta de modelo de trabalho híbrido divulgada por e-mail na última quarta-feira (30), em que equipes, a partir de setembro, terão de atuar três dias presencialmente.
No total, de 1.749 pessoas, 90% declararam que flexibilidade é um aspecto muito importante de suas atuações, priorizando a ideia de se dedicarem a tarefas de casa por tempo indefinido. A aposta em um modelo híbrido desanimou muita gente, principalmente quem afirma que, sem autonomia nesta definição, prefere se desligar da companhia.
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Falando especificamente desse ponto, 58,5% demonstraram preocupação em relação à partida de colaboradores e colaboradoras após a implementação da mudança, que não é pequena em uma corporação que desencorajava o distanciamento antes da pandemia. Conforme o estudo, 36,7% dos funcionários disseram que deixariam a companhia devido à ausência de flexibilidade.
Equipes não ficaram contentes com medida híbrida.Fonte: Reprodução/Tony Avelar/Bloomberg
Irritação generalizada
Em 14 de junho, representantes enviaram o estudo a Tim Cook, CEO da Maçã, e a Deirdre O’Brien, vice-presidente sênior de varejo e pessoas. O resultado foi acompanhado de um vídeo com depoimentos pessoais de 24 trabalhadores e trabalhadoras da gigante defendendo a importância de opções remotas.
Duas semanas depois, a Apple respondeu com outro vídeo, reforçando a crença de que "colaboração física é essencial para a cultura e o futuro a companhia." O movimento irritou até mesmo quem não deseja trabalhar de casa para sempre, pois a sensação foi de que executivos não deram ouvidos aos apelos.
Por fim, enquanto a empresa, que não respondeu a pedidos de comentários, incentiva a vacinação, não exige o uso de máscaras em escritórios, afirmando que se trata de uma decisão pessoal.
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